
Brian Krzanich.
A vida dá voltas. Brian Krzanich, ex-CEO da Intel, acaba de assumir o comando da CDK Global, uma empresa americana especializada em software para revendas de carros, caminhões e equipamentos agrícolas.
A CDK é grande, faturando US$ 2,27 bilhões anuais, mas ainda assim é 30 vezes menor do que a Intel, que tem uma receita anual na casa dos US$ 65 bilhões.
O novo emprego pode ter que ver com as condições nas quais Krzanich saiu da Intel.
CEO da Intel desde 2013, o executivo saiu da empresa em junho depois de que foi revelada uma investigação interna sobre uma “relação consensual com um empregado”.
De acordo com um comunicado da gigante de chips da época, o relacionamento viola a política de “não-fraternização” da empresa que se aplica a todos os gerentes.
A nota da Intel não deu maiores detalhes sobre a natureza da relação ou quando a investigação começou.
Krzanich entrou na Intel em 1982. Na sua atuação como CEO, ajudou a Intel a deixar de ser uma companhia totalmente focada em fornecer chips para PCs e a ter uma abordagem mais “data cêntrica”.
Ele esteve à frente da aquisição da Mobileye, uma fabricante de chips para carros, em um negócio de US$ 15 bilhões.
Krzanich foi o sexto CEO na história da Intel, uma companhia fundada em 1968 que é um dos pilares iniciais do Vale do Silício.
A fase não anda boa para altos executivos quando o assunto é relacionamento interpessoal.
Ainda em janeiro, o CEO da Equinix pediu para sair "após exercer um julgamento falho a respeito de um assunto relacionado com um funcionário", segundo nota da gigante de data center.
O caso mais conhecido desse tipo é o de Mark Hurd, hoje CEO da Oracle, que foi demitido da HP após um episódio mal explicado envolvendo uma atriz contratada para ser hostess de eventos da companhia.