
UFRGS, carinhosamente conhecida como Úrguis. Foto: Ramon Moser/UFRGS.
Um grupo de 13 ex-alunos da Faculdade de istração da UFRGS acabam de criar um fundo de R$ 1,6 milhão para fazer investimentos na universidade federal gaúcha.
O valor é só o começo de um plano bem mais ambicioso de chegar a R$ 40 milhões em 12 meses, um valor até hoje só alcançado no Brasil pelo Amigos da Poli, uma iniciativa similar de ex-alunos da USP que já tem 10 anos de atuação.
Ambas as iniciativas são o que se chama nos Estados Unidos de “endowment”, um tipo de filantropia pelo qual ex-alunos de universidades financiam atividades dentro das instituições.
No caso do Fundo Amanhã da UFRGS, as iniciativas incluem uma premiação para o melhor TCC da faculdade de istração, um centro de carreiras que vai dar mentoria, cursos e eventos e um centro de dados e analytics como o charmoso nome de BAH (Business Analytics Hub).
A lista dos primeiros doadores do Fundo Amanhã divulgada pelo Brazil Journal tem nomes de peso da economia tradicional do Rio Grande do Sul, com sobrenomes autoexplicativos como Frederico Gerdau e Mathias Renner; William Ling, um empresário influente, e também nomes da nova economia como Débora Morsch, do fundo Zenith Asset Management e Pedro Englert, o fundador da StartSe.
O Fundo Amanhã é o segundo endowment da UFRGS. Em 2019, ex-alunos da engenharia criaram o Fundo Centenário, que tem cerca de R$ 1,5 milhão captados para apoiar projetos de pesquisa e dar bolsas a estudantes carentes.
Alunos da Unicamp, UFG, UFSC, FEA, PUC-Rio e Unesp já fundaram iniciativas do tipo, cujo número total não a de 10 no país.
É um cenário bem diferente do americano, onde a relação dos profissionais com a universidade onde estudaram, assim como a tradição da filantropia, é bem maior.
Por lá, o valor total de recursos em fundos desse tipo chega a US$ 630 bilhões. O maior deles, o de Harvard, foi fundado em 1974 e tem mais de US$ 40 bilhões sob gestão.