
As estatais devem usar seu poder de compra para desenvolver o mercado local de TI.
Pelo menos, é o que opinam 71% dos leitores do Baguete Diário em uma enquete sobre o tema encerrada nesta quarta-feira, 03.
Os outros 29% responderam que o poder público deve simplesmente se limitar a comprar a oferta mais barata, sem se preocupar com a origem.
Opinião dos leitores à parte, o fato é que nos últimos grandes editais disputados no Rio Grande do Sul, as empresas locais têm ficado de fora.
O Hospital de Clínicas de Porto Alegre publicou um edital exigindo MPS.BR nível A dos concorrentes, o que limitaria a disputa a M Braxis, Politec e Stefanini, nenhuma sediada no estado.
Depois de pressão dos empresários, o HA cancelou o pregão eletrônico e ainda não divulgou novas regras.
Em agosto de 2008, a Procergs chegou a alterar as regras de um edital para a compra de 20 mil pontos de função, diminuindo o peso das certificações e aumentando o do preço, de forma a possibilitar a participação de companhias locais.
Na ocasião, disputaram Meta, Stefanini, DBA, Unitech e Politec, ganhando a Stefanini com uma oferta de R$ 8,2 milhões. Apesar das mudanças, a Meta, representante gaúcha, ficou em último lugar na pontuação dos concorrentes.