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Comunidade científica ainda não sabe exatamente como o corpo humano se comporta após a recuperação. Foto: Pexels.
Pelo menos 25 empresas de São Paulo compraram testes de imunidade ao coronavírus para determinar quais funcionários voltarão a trabalhar presencialmente.
De acordo com o site Uol, as companhias partem do pressuposto de que quem já se infectou pelo novo coronavírus não pegaria a doença novamente.
A matéria não revela quais são as empresas de médio e de grande porte, que inclusive já teriam entrado em contato com laboratórios para a realização dos testes.
Até agora, somente o Santander falou publicamente sobre o assunto, em uma live no começo de abril. O banco pretende testar funcionários de cargos de direção e gerência para que eles possam voltar a trabalhar presencialmente.
"Para as empresas que têm condições de fazer isso, é excelente. Ajuda a saber quantas pessoas deste ambiente de trabalho estariam contaminadas, saber quem deve se manter afastado ou não", afirmou Jean Gorinchteyn, médico do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, ao Uol.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), no entanto, alertou que essa imunidade é provável, mas não certa.
Por se tratar de um vírus novo, a comunidade científica ainda não sabe exatamente como o corpo humano se comporta após a recuperação.
A imunidade ao coronavírus pode funcionar como a do sarampo, que dura a vida inteira, ou como a da gripe comum, que dura cerca de dez meses.
No último final de semana, a OMS criticou países que pretendem lançar os chamados aportes de imunidade, documentos emitidos por médicos que autorizariam curados a circular sem restrições.
Ainda de acordo com a publicação, a organização afirmou que é esperado que a maioria das pessoas infectadas pelo coronavírus desenvolva anticorpos que dêem algum tipo de proteção contra a doença.
"O que ainda não sabemos é qual o nível de proteção ou por quanto tempo ele durará", escreveu a organização em comunicado.
Na última semana, a Coreia do Sul anunciou que mais de 180 pessoas voltaram a testar positivo para a covid-19 mesmo após terem se recuperado da doença.
Segundo o Centro para Controle e Prevenção de Doenças do país (KCDC), os casos de recaída testados "têm pouca ou nenhuma transmissibilidade", ou seja, não representam risco de transmitir o coronavírus a outras pessoas.