.jpg?w=730)
A Starnet tem uma base de mais de 20 mil s. Foto: Pexels.
A Desktop, operadora regional de telecomunicações com sede em Sumaré, São Paulo, anunciou a aquisição da Starnet Telecomunicações, provedora de fibra óptica que atende a região de Atibaia, também em São Paulo, por R$ 51,5 milhões.
De acordo com o site Telesíntese, cerca de R$ 26,1 milhões serão pagos à vista e o restante, ao longo de cinco anos.
Fundada em 2004, a Starnet tem uma base de 20.130 s e receita bruta total de aproximadamente R$ 30 milhões nos últimos doze meses, encerrados em 30 de junho de 2021.
A empresa presta serviços de internet de banda larga com tecnologia de fibra óptica em seis municípios do interior do estado de São Paulo: Atibaia, Mairiporã, Bom Jesus dos Perdões, Jarinu, Piracaia e Nazaré Paulista.
Segundo a Desktop, a aquisição demonstra a manutenção e continuidade da estratégia de crescimento inorgânico da companhia, por meio de aquisições de ativos que estejam localizados em áreas geográficas adjacentes à operação atual da empresa.
Além disso, a estratégia inclui empresas que possuam forte dominância em seu mercado de atuação e tenham potencial para continuar o crescimento pós-transação de forma orgânica.
De acordo com a compradora, já foram mapeadas diversas oportunidades de sinergias operacionais e istrativas que a companhia planeja capturar em curto prazo.
Presente no mercado desde 1997, a Desktop trabalha com serviços de conexão à internet, como cabo, wireless, fibra ótica, TV por e telefonia, para residências ou empresas. A companhia está presente em 25 cidades paulistas.
O mercado de provedores regionais está agitado. Na última semana, os dois maiores players do segmento abriram capital da na B3, bolsa de valores oficial do Brasil: a Unifique, que levantou R$ 818 milhões, e a Brisanet, que captou R$ 1,25 bilhão.
Outra que deve seguir o mesmo caminho é a EB Fibra, um novo player com dinheiro de fundos que vem fazendo aquisições em série.
O Brasil tem mais de 5 mil provedores regionais, espalhados por partes do país que não são atendidas por grandes operadoras.
Mas o setor está mudando rápido. As grandes operadoras estão chegando cada vez mais com fibra óptica em cidades na faixa dos 100 mil habitantes, o tradicional campo de atuação dos provedores regionais.
A reação está sendo consolidação, visando criar players mais parrudos. A EB Capital, gestora de private equity de Eduardo Sirotsky Melzer, levantou no ano ado R$ 2 bilhões para a EB Fibra, seu projeto de banda larga.
Outra empresa que está investindo forte é a Vero, atualmente presente em 127 cidades, atendendo 400 mil clientes espalhados por Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. O plano de investimentos é de R$ 1 bilhão até 2023.
Quem está bancando as compras é o fundo Vinci Partners, que criou a empresa em 2019 e, desde então, já fez 15 aquisições de provedores regionais.