Tamanho da fonte: -A+A f3m3k

Swainson mostra nos dedos quantos "bi" quer com software. Foto: flickr.com/photos/adunne
Abalada com a desaceleração no mercado de PCs, a Dell volta-se mais para a área de software.
Em entrevista à agência Reuters, o novo chefe da área na norte-americana, John Swainson, ex-presidente executivo da CA Technologies, declarou que tem planos de aumentar em cinco vezes o tamanho da divisão.
Se atingida, a meta poderá tornar a área responsável por pelo menos 25% do lucro da terceira maior fabricante de computadores do mundo.
O negócio de software da Dell atualmente gera cerca de US$ 1,2 bilhão do total de US$ 60,2 bilhões em receitas anuais da empresa.
A Dell tem diversificado ativamente seus produtos e negócios além dos computadores pessoais, um mercado cujo crescimento está desacelerando à medida que o iPad, da Apple, e outros dispositivos móveis, tomam clientes.
A companhia disse que vê softwares e serviços como áreas importantes para o crescimento.
Swainson quer que o negócio de software da Dell entregue uma "significativa contribuição" ao lucro da companhia.
“A medida em que se chega a uma cifra como US$ 5 bilhões, começa a ser um número significativo no lucro”, disse o executivo à Reuters.
Para o executivo, quando se tem US$ 5 bilhões no negócio de software com 30% de margem, isso seria equivalente a cerca de US$ 1,5 bilhão em lucro líquido.
Swainson não deu um prazo para quando espera atingir a meta de receitas, mas disse que a aquisição da Quest por US$ 2,4 bilhões é um dos componentes da estratégia.
DO HARDWARE AO SOFTWARE
Tradicionais fabricantes de computadores norte-americanas têm se voltado ao software para sustentar os negócios.
Segundo dados do Gartner, entre 2010 e 2011, a HP, primeira colocada no ranking, teve uma queda de 3,5% na participação de mercado, chegando a 17,2% de share. A Dell, na terceira posição em dezembro último, subiu 1,8% na comparação ano a ano, para 12,1%.
No segundo trimestre de 2012, no entanto, a HP teve retração de 12,1% frente ao 2Q11.
Em 2011, a presidente-executiva da HP, Meg Whitman, declarou ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung que queria dobrar ou triplicar a receita em software na empresa. A meta na HP, também sem prazo definido, seria chegar a US$ 15 bilhões.
Na Dell, a baixa foi de 11,5%, o suficiente para rebaixá-la uma posição na lista, atrás da Acer.