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Empresas de TI saem em defesa dos gays. Foto: blackboard1965 / Shutterstock.com
A Dell Brasil assina nesta quarta-feira, 25, a Carta Compromisso do Fórum de Empresas e Direitos LGBT.
A Dell é a segunda multinacional de TI a o documento nos últimos tempos. A SAP fez a mesma coisa no final de outubro.
O Fórum foi criado em março de 2013 e conta com a participação de 80 companhias incluindo Carrefour, IBM, Accenture, Alcoa, Basf, Caixa, Dow, HSBC, P&G e PwC.
“A Dell tem como princípio a valorização da diversidade e a promoção de um ambiente de respeito. Para isso, a empresa mantém vários grupos voltados a conscientizar e influenciar a organização sobre melhores práticas para promover um ambiente que favoreça a inclusão”, afirma Luis Gonçalves, presidente da Dell Brasil.
Entre as recentes ações promovidas pelo grupo Pride, da Dell, estão a participação na parada gay de Porto Alegre no começo do mês.
Foi a primeira participação da multinacional de TI em um evento do gênero no país e também o maior apoiador corporativo da iniciativa, já na sua 18a edição.
A empresa também mandou representantes do grupo no país no de discussão, promovido em 20 de novembro pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, para discutir os direitos LGBT no ambiente de trabalho como forma de combate ao HIV.
O Dell Pride existe há oito anos. Participam da iniciativa 16 membros do chamado "core team", liderando as atividades, com o apoio de outros 139 colaboradores. É o segundo maior grupo do gênero da multinacional no mundo.
Pouco a pouco, grandes companhias do setor estão repetindo por aqui o posicionamento pró-gays que já é quase uma regra no setor de tecnologia nos Estados Unidos.
A SAP mantém o grupo Pride@SAP Brasil, que reúne funcionários focados em promover ações sobre o tema, nos mesmos moldes do que acontece na Dell.
O Pride@SAP Brasil é o segundo maior grupo dentro da SAP entre todas as subsidiárias da empresa no mundo.
Neste mês, a multinacional promoveu no seu centro de e e serviços de São Leopoldo o LGBT Summit, com 100 líderes de empresas que já realizam ações para as causas LGBT ou que pretendem desenvolver algo com o tema.
Em abril, por exemplo, a HP Brasil realizou no Tecnopuc em Porto Alegre o LGBT Summit, um evento focado discutir a realidade de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais no ambiente de trabalho das empresas de TI.
A HP também tem um grupo nos moldes da SAP e Dell no país, do qual participam 40 funcionários da empresa no Brasil.
O novo posicionamento das multinacionais de TI é uma novidade no país onde o setor de TI concentram seus esforços de lobby em torno de uma agenda muito mais estritamente setorial, em torno de temas como impostos ou formação de mão de obra.
Os 10 Compromissos da Empresa com a Promoção dos Direitos LGBT são:
1. Comprometer-se, presidência e executivos, com o respeito e com a promoção dos direitos LGBT;
2. Promover igualdade de oportunidades e tratamento justo às pessoas LGBT;
3. Promover ambiente respeitoso, seguro e saudável para as pessoas LGBT;
4. Sensibilizar e educar para o respeito aos direitos LGBT;
5. Estimular e apoiar a criação de grupos de afinidade LGBT;
6. Promover o respeito aos direitos LGBT na comunicação e marketing;
7. Promover o respeito aos direitos LGBT no planejamento de produtos, serviços e atendimento aos clientes;
8. Promover ações de desenvolvimento profissional de pessoas do segmento LGBT;
9. Promover o desenvolvimento econômico e social das pessoas LGBT na cadeia de valor;
10. Promover e apoiar ações em prol dos direitos LGBT na comunidade.