
Maurício Fernandes, CEO da Dedalus.
A Dedalus, uma das maiores empresas de computação em nuvem do país, fechou o ano ado com um faturamento de R$ 380 milhões, uma alta de 18% frente aos resultados de 2021.
É um bom crescimento, mas ficou abaixo dos resultados anteriores da própria Dedalus, que havia fechado 2021 com um crescimento 52%.
Fundada em 2009, a Dedalus tem por carro chefe a intermediação e gestão de contratação de nuvens públicas como AWS, Google e Microsoft, a figura conhecida como "broker".
É um tipo de serviço cuja demanda aumentou muito em função da pandemia e da necessidade de transformação digital em muitas empresas.
Outra particularidade desse tipo de contratos é que o dinheiro entra no caixa ao longo de um período longo de tempo. As duas coisas em conjunto podem ter gerado um pico para a Dedalus em 2021.
De qualquer forma, as perspectivas da empresa são boas. No ano ado, a Dedalus chegou a R$ 1 bilhão em “estoque de contratos”, o que era a sua meta para o ano de 2025.
O estoque de contratos é justamente a soma de tudo o que vai ser faturado até o final de cada uma dos contratos assinados pela empresa. De acordo com a Dedalus, na média os contratos têm “menos de 24 meses”.
Supondo que a média seja então de 23 meses, a Dedalus deve botar no bolso mais ou menos meio bilhão de reais até o final do ano.
A companhia quer seguir acelerando o ritmo, com a meta de atingir R$ 2 bilhões em estoque de contratos “nos próximos anos”.
Atualmente, a empresa conta com uma carteira de mais de 850 clientes ativos de diferentes verticais, como saúde, finanças e educação (um dado interessante é que 90% deles usam mais de uma nuvem, o que reforça a necessidade de um broker).
“Notamos que atualmente as empresas reconhecem os desafios e prezam por ter um ponto único de contato para gestão de nuvem. O parceiro ideal precisa estar habilitado a fazer gestão das nuvens que aquela companhia possui para garantir que o máximo potencial de todas seja explorado”, comenta Maurício Fernandes, CEO da Dedalus.
Somente em 2022, a Dedalus conquistou 85 novos clientes, projetou mais de 800 ambientes, realizou mais de 200 implantações ou migrações e entregou mais de 500 análises de análise de consumo de nuvem (o que a empresa chama de governança de custos ou FinOps).
Houve ainda um crescimento de 75% do ticket médio nesse período, e aumento de 64% na venda de contratos de serviços.