
Centro de operações da Copel Telecom. Foto: Divulgação/AEN.
A Copel Telecom comprou o Nova Fibra, um provedor de internet com 7 mil quilômetros de fibra em 25 cidades do Paraná, São Paulo e Mato Grosso.
O valor da transação não foi revelado, mas fontes ouvidas pelo Valor Econômico cravaram R$ 500 milhões.
Agnaldo Lopes, dono da Nova Fibra, terá 5% da nova Copel Telecom, numa transição que avalia a operadora paranaense em R$ 6,6 bilhões.
A Copel Telecom já tinha as marcas Sercomtel, Horizon e agora a Nova Fibra, totalizando 50 mil quilômetros de fibras ópticas.
De acordo com o Valor, a Copel Telecom quer ser provedora de rede neutra (oferecida a qualquer empresa), o mesmo posicionamento da V.tal, surgida depois da venda da rede da Oi para os fundos BTG e GlobeNet.
A Nova Fibra tem ainda 90 mil usuários de varejo, 3,5 mil clientes empresariais e 350 funcionários, quase o mesmo número da Copel Telecom, que tem 450. O total a de 1 mil, tendo em conta a Sercomtel.
Os negócios foram reunidos pelo fundo Bordeaux, que fechou no ano ado a privatização da Copel Telecom por R$ 2,39 bilhões.
Em 2020, a Bordeaux já tinha comprado a Sercomtel, sediada em Londrina, cujo controle era dividido entre o governo do Paraná e a Copel. Nesse caso, o fundo abraçou R$ 600 milhões em dívidas, mais o compromisso de investir R$ 130 milhões.
O plano do grupo é constituir três empresas: uma de infraestrutura de rede neutra e outra de serviços e um braço de tecnologia com licença de 5G.
A Copel (junto com Unifique) e a Sercomtel compraram espectro no leilão de 5G, em novembro.
A Copel Telecom tem dinheiro em caixa. De acordo com o Valor, a operadora emitirá R$ 700 milhões em debêntures neste trimestre. Em 2021, já havia emitido R$ 300 milhões. A receita no ano ado fica na casa do R$ 1 bilhão.