
Carlos Cesar Almeida, gerente de TI da MC Celulose Riograndense
A CMPC Celulose Riograndense, empresa resultante da venda da unidade Guaíba da Aracruz para os chilenos da CMPC em dezembro de 2009, está de portas abertas para o mercado gaúcho.
É o que garante o Carlos Cesar Almeida, gerente de TI da companhia, destacando que a operação brasileira terá autonomia no que tange a questões de tecnologia e que prefere trabalhar com fornecedores próximos.
“A competência local é de alto nível e tem nos suprido muito bem”, comenta Almeida, citando o caso da ferramenta de service desk Qualitor, da gaúcha Constat.
De acordo com o executivo, as práticas avançadas de governança de TI, ITIL e alinhamento às normas da Sox foram “parte do valor” adquirido pela CMPC, o que ajuda a manter uma abordagem autônoma na área de sistemas.
Parte da evolução dos mecanismos de compliance se deve aos investimentos da Aracruz depois da crise dos derivativos, quando operações financeiras atreladas ao dólar geraram uma dívida bilionária no começo da crise econômica mundial, em 2008.
Alguns dos antigos fornecedores da Aracruz foram mantidos pela Celulose Rio Grandense, como é o caso da capixaba Nexa, que responde mantém 18 profissionais na companhia na área de e.
“Pedimos a eles que abrissem uma operação local em Porto Alegre”, revela Almeida, que esteve participando do GRC Meeting da Sucesu-RS em Gramado nesta sexta-feira, 15.
Se na área de sistemas haverá independência, a integração será total no que tange a infraestrutura de redes, com a adoção de ferramentas de vídeo conferência, migração do Notes para o Exchange e outros alinhamentos previstos para o segundo semestre de 2011.
Almeida atuava como gerente de infraestrutura de TI da Aracruz no Espírito Santo e veio para a Celulose Rio Grandense com a missão inicial de criar uma estrutura de TI independente que pudesse ser incorporada pela CMPC.
Para tanto, o executivo fez um split dos sistemas de ERP da SAP e dos sistemas de gestão florestal da companhia em dois meses. Em outros quatro, construiu um data Center próprio para em Guaíba.
A venda da unidade Guaíba da Aracruz para a CMPC, anunciada em outubro do ano ado, foi um negócio de US$ 1,43 bilhão. Em março de 2010, a imprensa chilena divulgou que o plano de investimentos da CMPC para até 2011previa US$ 1,16 bilhão.
* Mauricio Renner participou do GRC Meeting em Gramado a convite da Sucesu-RS