
Verbas para APLs virão da AGDI. Foto: Seplag/divulgação.
A consultoria mineira Cluster Consulting foi a vencedora da licitação da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI) para operar uma verba de R$ 1,040 milhão orientada ao plano de desenvolvimento e marketing dos dois APLs gaúchos de TI e do de metal mecânico e automotivo.
Um dos APLs de TI fica em Caxias e é coordenado pelo Trino Polo, envolvendo também o Seprorgs, a prefeitura de Caxias do Sul, cinco instituições de ensino (FSG, Ftec, FTSG, Faculdade Murialdo e UCS) além de 76 empresas de TI.
O APL de Tecnologia de Santa Maria reúne 20 empresas da região. No lado institucional inclui Assespro, Seprorgs e Santa Maria Tecnoparque. A área universitária é representada por UFSM, Centro Universitário Franciscano , Instituto Federal Farroupilha e a Faculdade Antonio Meneghetti.
A Cluster Consulting foi fundada em Belo Horizonte em 2010 pelo consultor espanhol Carlos Tarrasón, um profissional com agem por empresas da área como Mitchell Madison Group, The Boston Consulting Group, além do BID.
O executivo foi também CEO no Brasil da Competitiveness.
A empresa tem a maioria dos seus clientes em Minas Gerais, onde atende quatro APLs, além de instituições como Sebrae, FIEMG e a Fumsoft, sendo essa última a organização mineira de fomento a área de software, ligada à Softex.
O Projeto de Fortalecimento dos APLs do Rio Grande do Sul, coordenado pela AGDI, apoia atualmente 20 arranjos do Estado – dos quais 10 já têm planos de desenvolvimento, e os demais serão concluídos em 2015.
Um APL é uma organização que envolve diversos atores de uma cadeia produtiva, que uma vez constituídos podem pleitear verbas para diferentes finalidades junto a organismos do governo estadual e federal.
O uso desse tipo de organização como um canal de condução de incentivos financeiros do governo estadual deve continuar no Rio Grande do Sul, independente da saída em janeiro do governador Tarso Genro (PT) e a entrada de José Ivo Sartori (PMDB).
A ideia de organizar o incentivo econômico estatal por meio de grupos envolvendo empresas, poder público e instituições de ensino – os famosos clusters – não é nova no Rio Grande do Sul, tendo dado os primeiros os ainda nos anos 90 e permanecido em uso com mais ou menos ênfase e recursos desde então.