
Segredo da CloudWalk é derrubar o preço por transação. Foto: https://www.flickr.com/photos/130455326@N05/28375232905.
A CloudWalk, empresa de pagamentos que opera com a maquininha InnitePay, acaba de levantar um aporte de US$ 190 milhões, liderado pelo fundo americano Coatue.
De acordo com o Pitch Book, o maior repositório mundial de transações desse tipo, o valor torna a CloudWalk a receptora da maior segunda rodada de investimento no Brasil (o que no jargão é chamado de série B).
Segundo revela o Brazil Journal, o aporte teve participação do DST Global, que no Brasil já investiu no Nubank, Loft e Neon, três das maiores fintechs em atuação no país, o que dá uma ideia das expectativas em torno da CloudWalk.
Fundada em 2013 por Luís Silva, um autodidata que aprendeu a programar com 15 anos, a CloudWalk tem tecnologia na receita do seu sucesso até agora.
A empresa cobra taxas muito menores que a concorrência, porque consegue pegar os fraudadores mais rápido com uso de software.
O índice de fraude nas transações da CloudWalk é de apenas 0,08%, em comparação a uma média de 0,8% na indústria.
“Desde o início, sabíamos que o problema da taxa não era financeiro, mas era um problema de dados e tecnologia”, disse Luís ao site Brazil Journal.
Na antecipação de recebíveis de vendas parceladas em 12 vezes, a empresa cobra 7,45% ao ano, enquanto as adquirentes tradicionais cobram de 25% a 50%. Sua taxa de processamento é de 0,4% por transação, contra de 1,5% a 2% dos concorrentes.
A empresa entrou no mercado de adquirência há dois anos e sua maquininha já é usada por mais de 70 mil pequenos e médios varejista, que devem gerar um volume de transações na casa do US$ 1,2 bilhão neste ano.
Para efeito de comparação, a Stone tem uma base de cerca de 650 mil clientes e processou R$ 209 bilhões em 2020.