
Maioria dos domínios roubados são de prefeituras de municípios pequenos. Foto: Depositphotos
Sites de 133 prefeituras de grandes capitais e cidades brasileiras foram invadidos e estão sendo usados para promover sites de apostas.
Entre as maiores cidades com domínios adulterados, estão Belo Horizonte, Goiânia, Osasco (SP), Campos dos Goytacazes (RJ), Santos (SP), Balneário Camboriú (SC) e Foz do Iguaçu (PR).
Já entre os estados com mais prefeituras afetadas, está o Maranhão, com 41 municípios e cerca de 385.525 domínios adulterados.
Além das prefeituras, também há a presença de sites de órgãos estaduais, como o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro e a Secretaria de Educação de São Paulo.
Apesar da grande quantidade de grandes cidades e alguns órgãos públicos de peso, a maioria dos domínios roubados são de prefeituras de municípios pequenos, cujos sites possuem alguma falha de segurança.
Entre as menores cidades, estão Augusto Pestana (RS), Brejo Grande (SE), Governador Archer (MA), Cândido Mendes (MA) e Campo Alegre de Lourdes (BA).
Os dados são de um levantamento feito pelo Aposta Legal Brasil com dados da ferramenta para pesquisa de links Ahrefs.
Considerando as buscas pelos termos “apostas esportivas”, “casa de apostas” e “aposta legal”, 456.594 páginas com domínio gov.br foram encontradas no Google.
Um link Ahreft tem por característica fornecer informações sobre backlinks, palavras-chave, tráfego, entre outros.
Os invasores podem estar colocando esses links nas páginas invadidas para enganar o mecanismo de indexação de páginas do Google, melhorando o posicionamento de determinadas páginas de apostas (prática que se conhece como SEO e pode ser feita de maneira legal).
Conforme David Gonzalez, pesquisador de Segurança Informática da ESET América Latina, esses sites adulterados também podem ser utilizados para capturar dados a serem vendidos em fóruns na Internet.
Para os usuários que clicam nos domínios, os riscos incluem tanto a perda financeira nas apostas quanto a exposição a malwares.
Em resposta à denúncia feita pela pesquisa, o Google afirmou que "possui sistemas avançados de combate a spam que permitem bloquear 40 bilhões de páginas de spam todos os dias".