
A ESPN é controlada pela Disney. Foto: Divulgação/Disney
A ESPN, controlada pela Disney e uma das principais redes de transmissão de esportes, entrou no mundo das apostas em um acordo de US$ 2 bilhões (cerca de R$ 10 bilhões) com a Penn Entertainment, rede de cassinos norte-americana.
Conforme o portal Pipeline, a Barstool Sportsbook, plataforma de apostas da Penn, ará a se chamar ESPN Bet a partir do quarto trimestre deste ano.
No contrato entre as empresas, a Penn irá pagar US$ 1,5 bilhão em cash à ESPN por 10 anos pelo uso da marca, além de mais US$ 500 milhões como garantia em ações da empresa.
No meio do movimento, Dave Portnoy, fundador da Barstool Sportsbook, voltou a ter controle da empresa com a venda de todas as ações para o executivo — o que acontece em menos de seis meses depois do negócio ser comprado pela Penn por US$ 551 milhões.
Antes do negócio com a Penn, a Disney já havia adquirido 5% da DraftKings, uma das principais empresas de apostas nos Estados Unidos, em 2019.
Tempos depois, fez um acordo com a Caesars Entertainment, conglomerado de cassinos e hotéis, para ter o direito exclusivo de fornecer probabilidades de apostas esportivas para a ESPN.
Segundo o Financial Times, com o acordo com a Penn, espera-se que os negócios com as outras empresas sejam encerrados.
MERCADO DE APOSTAS
Nos Estados Unidos, a proibição federal do mercado de apostas esportivas foi derrubada em 2018. Conforme o Financial Times, desde então, 34 dos 50 estados do país, mais o distrito de Columbia, legalizaram a prática.
No Brasil, o assunto ainda está sendo debatido. Em março deste ano, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, afirmou que o governo pretende taxar o mercado de apostas eletrônicas em jogos esportivos para compensar perdas com as mudanças anunciadas na tabela do Imposto de Renda.
Os sites de apostas esportivas foram legalizados em 2018, durante o governo Michel Temer (PMDB), mas ainda não estão totalmente regularizados no país.
A estimativa é que haja cerca de 450 sites ativos no Brasil atualmente. Quando estiver totalmente regulado, o segmento poderia representar uma arrecadação de R$ 5 a R$ 7 bilhões por ano com impostos.
O dinheiro já está fluindo nos clubes: todos os 20 integrantes da primeira divisão do Campeonato Brasileiro já são patrocinados por casas de apostas. Os sites também patrocinam programas de esportes, influenciadores e um longo etc.
Globalmente, a estimativa é que o tamanho do mercado de apostas esportivas atinja US$ 182,12 bilhões até 2030, de acordo com um relatório da Grand View Research, divulgado pelo Yahoo.