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Certics: saem as certificadoras 6m1a6m

As escolhidas foram Softex Recife, Fundação qD, Riosoft e Fundação Vanzolini. e531n

09 de agosto de 2013 - 18:15
Mais ou menos isso, só que nos softwares. Foto: .flickr.com/photos/minusbaby

Mais ou menos isso, só que nos softwares. Foto: .flickr.com/photos/minusbaby

A Secretaria de Política da Informática do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação escolheu as entidades que serão responsáveis por atribuir o Certics, certificado que dará vantagens competitivas nos editais do governo a empresas que desenvolvam tecnologia no Brasil.

As escolhidas foram Softex Recife, Fundação qD, Riosoft e Fundação Vanzolini.

Duas dos certificadores eleitos são agentes regionais da Softex, agência estatal de promoção de exportações de software – Softex Recife e Riosoft.

Tanto o qD como a Fundação Vanzolini não tem fins lucrativos. O primeiro é um centro de pesquisas sem fins lucrativos originado na privatização da Telebrás e a segunda organização sem fins lucrativos criada por professores da USP focada em capacitação e forte em certificações de qualidade ambiental.

Segundo edital publicado no site dos Certics, ainda pode ser certificados a Softsul, o CITS e Fumsoft, entidades de um perfil similar às classificadas.

A Associação pela Excelência do Software de Capinas, o Centro de TI da Softex em Salvador e o Senai de Londrina não foram aprovados.

O setor privado, através da Assespro Nacional, chegou a ventilar uma expectativa de ser autorizado a avaliar os interessados em ter o selo, poder que no final das contas ficou sob o controle do próprio governo, ainda que indiretamente.

Não está totalmente claro como vai funcionar na prática o Certics, criada por uma equipe de 30 profissionais do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, uma instituição de pesquisa ligado ao MCTI  e da Fundação de Apoio à Capacitação em Tecnologia da Informação, uma organização fundada por Assespro e Abinee que trabalha em parceria com o Renato Archer.

De acordo com a portaria publicada pelo MCTI em junho, serão certificados softwares que em seu desenvolvimento provarem ter gerado competências em quatro áreas avaliadas pela desenvolvimento tecnológico, gestão de tecnologia, gestão de negócios e melhoria contínua. A promessa é que o processo demore de três a quatro semanas.

Uma aplicação piloto foi feita 12 empresas de software, além de uma pesquisa com 49 micro e pequenas empresas. Consultado sobre o assunto na época, o  MCTI não revelou quem são as empresas participantes do piloto, o que poderia dar uma ideia da cara que a certificação terá.

O que o Certics significará na prática – o quão exigente os certificadores terão que ser para conferir o selo de “nacional” para um software – é o tema de uma batalha de bastidores entre entidades que representam empresas nacionais como Assespro, Sucesu, Fenainfo e Softex e a Brasscom, poderosa entidade que agrupa multinacionais e grandes companhias brasileiras.

Para as empresas nacionais, interessa uma definição restrita, o que criaria um diferencial competitivo em licitações público. Para as multis, o reverso é verdade.

As entidades também terão direito de se manifestar no Conselho Normativo da Metodologia de Avaliação do Certics, no qual terão voto para valer dois representantes do MCTI, um do Ministério do Desenvolvimento, um do Ministério do Planejamento, um das Comunicações e um do CTI Renato Archer.

Não é pouca coisa o que está em discussão. Os gastos com TI das diferentes instâncias da istração pública são estimadas em pelo menos a metade do mercado nacional de TI. Só o governo federal gastou R$ 5,84 bilhões em 2012.

O ministério da Defesa já adota um critério de dar à tecnologia nacional uma vantagem de até 25% no momento de uma compra, o que pode agora ser ampliado. Não se sabe qual será a margem que os certificados do Certics terão, mas num mercado que negócios são fechados com diferenças mínimas, qualquer vantagem vale muito.

A importância deve aumentar no futuro, na medida em que o Certics deve ser utilizado em outros mecanismos de fomento e de políticas públicas, tais como a concessão de crédito para investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação.

COMO VAI FUNCIONAR
O prazo para as empresas pleitearem a certificação começa em 19 de agosto.

O processo é realizado em três etapas: Cadastramento on-line, Avaliação e Certificação. O cadastramento é o primeiro o. A empresa interessada faz sua inscrição para iniciar o processo de avaliação na plataforma Certics, que será disponibilizada no dia 18 de julho de 2013 no site da Certics.

Após o cadastramento on-line, a organização interessada pode contratar uma avaliação. A avaliação envolve a preparação e realização de uma visita à organização por avaliadores Certics. Nessa visita, serão analisadas evidências do desenvolvimento e inovação tecnológica do software.

O resultado será validado pelo CTI Renato Archer e comunicado à organização.

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