
O prefeito Fortunati durante o lançamento do programa. Foto: Ricardo Giusti/PMPA
A prefeitura de Porto Alegre, a IBM e o Citibank deram início nesta segunda-feira, 08, ao programa IBM Smarter Cities Challenge na capital gaúcha.
Entre os dias 08 e 25 de abril, oito executivos globais – seis deles da IBM e dois do Citi –trabalharão junto à Secretaria Municipal de Governança Local.
A iniciativa engloba a criação de um sistema que simula, analisa e organiza informações para avaliar impactos antes da tomada de decisões sobre obras e ações demandadas pelo Orçamento Participativo.
“Com o cruzamento desses dados será possível evitar erros que possam comprometer a qualidade de vida da população. Esse é o desafio que propusemos e que os profissionais de ambas as empresas irão nos ajudar a desenvolver” afirma José Fortunati, prefeito de Porto Alegre.
O IBM Smarter Cities Challenge é um programa anual da IBM junto com cidades em todo o mundo. No Brasil, foram escolhidas Porto Alegre e Vitória. No ano ado, a escolhida brasileira foi Curitiba.
Completam a lista cidades maiores como Cidade do Cabo (África do Sul) até cidades de países pequenos, como Negeri Sembilan, na Malásia, ando também por cidades menores dos Estados Unidos, como Fresno e Knoxville.
O investimento da IBM na iniciativa como um todo é de US$ 400 mil.
Um time de profissionais bastante sênior será deslocado para Porto Alegre, incluindo Paul Lyon, diretor global de tecnologia de serviços; Julie Logsdon, diretora de precificação; Kent Winchell, diretor senior de computação; Alain Azagury, diretor de estratégia de software; Mark Collyer, executivo de projetos senior; Lisa Johnson e diretora de simplificação de processos.
Por parte do Citi, participam Derek Rego, diretor de projetos internet bank e Patrick J. Brett, diretor de projetos de segurança financeira de municípios.
A aproximação entre a multinacional e Porto Alegre não é de hoje.
Em fevereiro de 2011, Fortunati recebeu na prefeitura um grupo de diretores da IBM Brasil, ocasião na qual foi anunciado que 15 voluntários da multinacional trabalhariam em cinco instituições com telecentros vinculadas à prefeitura.
Nem todo o trabalho da IBM na capital é voluntário, é claro. Em 2010, a Procempa adquiriu a ferramenta Maximo Asset Management e um pacote de servidores Z10 da multinacional por R$ 3,5 milhões.
O software foi usado para melhorar o controle e a qualidade dos serviços pela da SMOV (obras e viação), DMAE (água e esgoto) e DMLU (limpeza urbana).
O projeto virou um case da IBM e foi apresentado com destaque no estante da empresa durante a edição 2012 da Cebit, mega feira de TI realizada em Hannover, na Alemanha.
Em outubro do ano ado, a Procempa inaugurou seu novo data center, um investimento de R$ 20 milhões que tem na sua infraestrutura equipamentos IBM, além de EMC, Eaton, Scheneider Eletric e Siemens.
No mesmo mês, começou a operar também o Centro Integrado de Comando (Ceic), um investimento de R$ 5,6 milhões situado sobre o novo data center da Procempa na capital.
A sala concentra os streams de vídeo de 300 câmeras de monitoramento e informações de diversos sistemas de órgãos da prefeitura para 24 posições de trabalho de 18 secretarias diferentes.
O grande volume de informação faz com que a sala só tenha plena utilidade com aplicativos analíticos que interpretem os dados, encontrando padrões e identificando tendências emergentes.
É justamente esse o centro da oferta de cidades inteligentes da IBM, que a multinacional vem divulgando incessantemente desde 2010, de olho nas oportunidades de negócio em cidades que vão receber os eventos da Copa do Mundo, como Porto Alegre.