
Celso Pansera, um bom companheiro. Foto: Agência Brasil.
Celso Pansera, ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação de 2015 a 2016, durante a fase final do governo Dilma Rousseff (PT), vai assumir a presidência da Finep, um órgão ligado ao MCT focado em financiamento de pesquisa aplicada.
O nome já está confirmado e deve sair no Diário Oficial nos próximos dias.
Pansera foi ministro de Ciência e Tecnologia durante pouco mais de meio ano, boa parte dele em meio a grande crise política que levou ao impeachment da presidente Dilma.
A experiência prévia do então deputado federal no primeiro mandato do PMDB no meio era relativamente modesta, incluindo um período como Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro.
Pansera chamou mais atenção pela sua fidelidade ao governo Dilma, o que não é a exceção ao comportamento geral do PMDB na época, para ser eufemístico.
Ele inclusive pediu afastamento do cargo de ministro especialmente para voltar ao Congresso Nacional e ser um dos sete deputados do PMDB a votar contra a abertura do processo de impeachment, em uma bancada com 57 nomes.
Depois do impeachment, Pansera tampouco foi excluído pelo PMDB do novo governo Michel Temer, sendo nomeado para assumir a presidência do conselho de istração da Softex, organização da sociedade civil de interesse público focada na promoção da indústria de software brasileira.
Nas eleições de 2018, foi candidato a deputado federal pelo PT, mas não conseguiu ser reeleito ao obter cerca de 15 mil votos.
(Pansera tem uma biografia política algo complexa: ele já havia sido filiado ao PT antes, deixando o partido em 1992 para ser um dos fundadores do PSTU, do qual saiu em 2001, para acabar depois no PMDB).
Desde então, com Brasília em outras mãos, Pansera estava fora do radar. Mas não totalmente esquecido no coração do PT, como a sua nomeação mostra.