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Christian Tadeu assume Assespro 3u366a

Empresário tem histórico em entidades e bom trânsito político. 3h3c18

01 de dezembro de 2022 - 08:59
Christian Tadeu, novo presidente da Assespro. Foto: Divulgação.

Christian Tadeu, novo presidente da Assespro. Foto: Divulgação.

Christian Tadeu, um empresário de Brasília com boas conexões políticas, é o novo presidente da Assespro, entidade que congrega 2,5 mil empresas de TI em todo país.

Tadeu assume em janeiro de 2023 no lugar do pernambucano Italo Nogueira, que comandou a associação por quatro anos ao longo de dois mandatos.

Nogueira segue como a vice-presidência de relações internacionais na diretoria nacional da entidade, que tem 13 regionais espalhadas pelo Brasil.

“Estamos no caminho certo. Vamos dar continuidade ao trabalho que já vínhamos construindo. Queremos aprimorar e ampliar essa atuação dando à Assespro o protagonismo que ela merece”, projeta Tadeu.

Tadeu já foi duas vezes presidente da Assespro-DF e atuava como vice-presidente de articulação política na atual diretoria.

Articulação política parece ser o forte de Tadeu, que dirige desde 2003 uma distribuidora de informática em Brasília, a Easy Informatica, mas já milita em entidades empresariais desde o final dos anos 90.

Tadeu foi membro da Câmara Brasileira de Tecnologia da Informação da Confederação Nacional do Comércio. 

Na Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomercio-DF), já foi diretor e presidente da Câmara Temática de Tecnologia da Informação e Comunicação. 

A Confederação Nacional do Comércio e a Fecomércio são entidades patronais às quais respondem alguns dos sindicatos patronais de informática espalhados pelo país.

Tadeu se filiou ao MDB em 2018, concorrendo ao cargo de deputado distrital em Brasília naquele mesmo ano, mas a campanha não decolou e o empresário ficou com 734 votos. 

De qualquer maneira, um grau de contato no MDB não deve fazer mal para a Assespro, uma vez que o partido tem 100% de chance de integrar a nova istração petista no governo federal. 

OBJETIVOS

Antes das eleições, a Assespro divulgou um manifesto para os candidatos, pedindo entre outras coisas a criação de uma agência ou outro tipo de governo que atue na “coordenação operacional” e na “construção de ações voltadas ao desenvolvimento do setor” no Brasil.

Como costuma acontecer nesse tipo de documentos, a Assespro é um pouco vaga no que isso significaria na prática.

O texto fala de um “redesenho institucional do sistema de apoio à inovação", que reuniria sob a mesma autoridade a “capacidade de articulação, de formulação de prioridades operacionais, de pesquisa e investimento, reduzindo ou eliminando regulamentações ineficientes ou excessivamente onerosas”.

A Assespro também não menciona onde estão hoje os poderes que ela deseja ver reunidos nessa nova autoridade, mas isso é fácil de imaginar para quem conhece a política setorial brasileira na área de ciência e tecnologia.

Hoje, o Brasil tem as políticas voltadas para a pesquisa acadêmica concentradas no Ministério da Ciência e Tecnologia, sob cujo guarda chuva estão órgãos como o CNPq ou a Finep.

A política setorial de incentivo ao setor de software fica mais concentrada na Softex e seus representantes regionais, entidades de cunho misto, com representantes do governo e das entidades empresariais.

Além da sugestão da nova agência, a Assespro também bate na tecla do problema da falta de profissionais, uma pauta das entidades representativas há pelo menos 20 anos.

A Assesspro fala em um déficit de centenas de milhares de profissionais qualificados e o risco de um apagão de mão de obra no setor (a essa altura, talvez fosse o caso de se perguntar se o apagão já não aconteceu).

Uma faceta nova do problema é o que a Assespro chama de “emigração virtual”, com grande número de profissionais brasileiros trabalhando de maneira virtual para empresas situadas no exterior (e recebendo salários em dólar por isso, vale lembrar). 

A Assespro não chega a tocar no assunto, mas a criação de uma política setorial de tecnologia no Brasil não esbarra apenas na dispersão de responsabilidades pelo lado do governo, mas também na falta de um interlocutor articulado pelo lado das empresas.

A representação do setor de tecnologia do país está espalhado por uma boa dezena de entidades diferentes, sem uma frente comum reconhecível e muitas vezes em conflito interno.

Entre as mais representativas estão a própria Assespro, atuante há quase 50 anos e representando principalmente pequenas e médias empresas brasileiras, e, mais recentemente, a Brasscom, que reúne os pesos pesados brasileiros e multinacionais atuando no país.

DIRETORIA

As regionais estão bem representadas na nova diretoria da Assespro, que tem como vice-presidente de Articulação Política Deybson de Santana Cipriano, da regional Goiás; vice-presidente de Sustentabilidade e Finanças: Geovanne G. Telles, da regional Minas Gerais; vice-presidente de Comunicação: Letícia Polydoro, da Regional Rio Grande do Sul; vice-presidente de Marketing e Eventos: Sandro Molés da Silva, da Regional Paraná; vice-presidente de Relações Internacionais, Italo Lima Nogueira, da Regional Pernambuco; vice-presidente de Governança e Planejamento, Roberto Carlos Mayer, da Regional São Paulo; vice-presidente Jurídico: Isamar Maia, da Regional Bahia.

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