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Catho teve uma mudança de rumos forte em 2021. Foto: Divulgação.
O Catho, um dos maiores portais de anúncios de empregos do Brasil, acaba de migrar toda sua infraestrutura de TI para a nuvem da AWS.
Em nota, a AWS explica que a Catho já vinha usando a nuvem da empresa desde 2016, para novos projetos e como um ambiente de contingência, e agora decidiu migrar “100% das suas informações”.
A nova infraestrutura foi implementada para responder ao aumento da demanda gerada pela decisão do Catho de liberar o o das vagas para interessados sem cobrança, tomada no final do ano ado.
“Com a mudança do novo modelo de negócio, era esperado um aumento exponencial no uso da plataforma, nesse caso ou a ser fundamental ter uma infraestrutura com capacidade de se adaptar a esse novo perfil de carga sem que houvesse perda de desempenho e qualidade para os clientes”, afirma Eber Duarte, CTO da Catho.
De acordo com Duarte, a nova infraestrutura a um volume de tráfego 10 vezes superior ao registrado antes da liberação. O projeto de migração envolveu 100 profissionais.
Com a decisão de liberar o site, o Catho mudou uma forma de atuação que já durava 20 anos, numa resposta ao aumento da divulgação de vagas em plataformas como o Linkedin.
Segundo divulgou o Estado de São Paulo na época, a empresa tinha até então 80% da sua receita originada do pagamento de pessoas buscando novas posições de trabalho, que pagavam até então R$ 60 por mês.
O novo modelo prevê a cobrança para aumentar a exposição e por serviços extra. A Catho também quer faturar do lado das empresas: hoje o site tem 30 mil anunciantes, totalizando 1,3 milhão de vagas.
A ideia é cobrar por funcionalidades adicionais para ajudar no recrutamento, fazendo uso de recursos de inteligência artificial, uma tarefa na qual as tecnologias da AWS certamente terão um papel.
Essa nova linha de atuação é algo na linha do que fazem startups bem sucedidas no nicho de RH (HRtechs, para os malandros) como a Gupy.
Desta maneira, a Catho quer mudar o resultado negativo que teve no ano fiscal de 2021, finalizado em junho deste ano.
A Catho, que é controlada pelo grupo australiano Seek desde 2013, viu a sua receita cair 20% para R$ 122,5 milhões no ano fiscal encerrado em junho de 2021,. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou negativo em R$ 4,7 milhões no mesmo período.