
Cascavel usa tecnologia para combater fraudes no transporte público. Foto: divulgação.
A cidade de Cascavel investiu em uma tecnologia diferente para fiscalizar o uso indevido de cartões de idosos e estudantes em seus ônibus, empregando uma tecnologia de reconhecimento facial para identificar pessoas usando irregularmente a isenção de tarifa.
De acordo com a prefeitura do município paranaense, o uso de cartões de idosos e estudantes nos ônibus de Cascavel (PR) aumentou 40% nos últimos dois anos, o que gerou suspeitas sobre o uso destes es.
Para melhorar a fiscalização, a prefeitura da cidade firmou um termo de compromisso com as empresas que operam o transporte coletivo na cidade e com a Transdata Smart, desenvolvedora paulista de soluções de automação no setor.
A solução de reconhecimento facial está em implantação em 159 ônibus da Viação Pioneira, Viação Capital D’Oeste e Vale Sim, que atuam em Cascavel.
Segundo destaca a fornecedora da tecnologia, o sistema capta a imagem do portador do cartão no momento que ele aciona o validador eletrônico no ônibus e compara com a foto do titular do benefício, cadastrado pela empresa.
Caso o usuário não seja o mesmo, o cartão é bloqueado e só é liberado pelo titular no órgão de cadastro. O usuário pode receber uma advertência pelo uso indevido do cartão ou ter o benefício cancelado.
Segundo a Transdata Smart, as fraudes com gratuidades podem chegar a 50% das viagens em algumas cidades com ônibus que usam o sistema de cartões eletrônicos em suas catracas.
“A tecnologia de Reconhecimento Facial vem reforçar o controle oferecido pela nossa solução de bilhetagem eletrônica TDMAX. Ao combater esses desvios, as empresas podem investir em melhorias que aumentam a qualidade do serviço para a população”, explica Devanir Magrini, diretor comercial da Transdata.
Conforme dados da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, muitas vezes benefícios como a isenção de tarifa para estudantes e idosos são concedidos fonte de custeio e esse custo acaba no preço das agens.
"A forma de calcular a tarifa é o custo total do sistema dividido pelos ageiros pagantes. Para se ter uma ideia, na média nacional, temos sobrepreço de 20% nas tarifas só para custear as gratuidades”, explica Marcos Bicalho dos santos, diretor istrativo da entidade.
Além de Cascavel, a Transdata já implantou seu sistemas em outras cidades no país, em Caruaru, no Pernambuco, e em Paragominas, no Pará. Segundo a fabricante, em um mês de uso da tecnologia no município paraense, a receita nos ônibus cresceu quase 40% e praticamente dobrou a venda de cartões eletrônicos.