.jpg?w=730)
Pedro Valério, diretor-executivo do Instituto Caldeira. Foto: divulgação.
O Instituto Caldeira, principal hub de inovação de Porto Alegre, vai mais do que dobrar sua área total, ampliando o espaço de 22 mil para 55 mil metros quadrados com um aporte de R$ 120 milhões.
De acordo com o site Neofeed, a ampliação se dará em um prédio localizado no outro lado da rua, um imóvel de 33 mil metros quadrados que já abrigou operações como a fábrica Tecidos Guahyba.
O valor da expansão será um investimento de empresas da comunidade, que não tiveram os nomes revelados, além do próprio Caldeira, que reinveste toda sua receita na operação. Só em 2023, o hub faturou R$ 25 milhões.
Neste caso, o Instituto deve custear as instalações compartilhadas por startups que ainda têm poucos recursos.
Além disso, o Caldeira tem um acordo com os donos do imóvel (a família Bianchini, da Plasbil Revestimentos) para que as receitas obtidas sejam compartilhadas entre as duas partes à medida que o prédio for sendo ocupado. As fatias dessa divisão não foram divulgadas.
O contrato é válido por 20 anos e a projeção é alcançar a ocupação total em cerca de sete, com duas etapas de obras. A primeira já foi iniciada e deve envolver uma área de 3,5 mil metros quadrados e um aporte de R$ 10 milhões.
Ainda de acordo com a publicação, a previsão é começar a receber os novos residentes no primeiro trimestre de 2025.
Cerca de 25 novas empresas já demonstraram interesse em ocupar o espaço, além de oito startups, uma instituição financeira, duas empresas de tecnologia e uma instituição de ensino terem feito cartas de intenção.
Além da expansão física, o Caldeira também está articulando a criação do seu próprio fundo de investimentos ainda no primeiro semestre de 2024.
“Estamos conversando com gestoras independentes em âmbito nacional, até porque tivemos uma demanda nessa direção. Obviamente, o foco que estamos arquitetando é contribuir para o desenvolvimento de startups da região Sul”, contou Pedro Valério, diretor-executivo do Instituto Caldeira, ao NeoFeed.
O Caldeira abriga atualmente 130 companhias residentes e startups, além de instituições do poder público e universidades.
A lista conta com empresas tradicionais, como Renner, Sicredi, Panvel, Vulcabras Azaleia, Banrisul, RBS e Randon, e da nova economia, como Agi, 4all, Nelogica, Banco Topázio, SafeWeb, Zenvia, Meta e StartSe.
Além disso, sedia programas de desenvolvimento de startups, eventos e o Campus Caldeira, dedicado a operações de ensino superior e profissionalizante.