
Sergio Paulo Gallindo. Foto: Divulgação.
A Brasscom, entidade que reúne as maiores empresas de tecnologia do país, desenvolveu currículos de referência para o ensino superior.
Na prática, a Brasscom está dando uma orientação sobre alterações que acredita serem pertinentes na grade curricular dos cursos superiores da área, visando aumentar a aderência dos formados à demanda das suas associadas.
Ao todo, dez currículos já estão lançados. Nove currículos são de referência para os cursos superiores em grau tecnólogo, e um para o desenvolvimento de habilidades socioemocionais.
A CESAR School, o braço educacional do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (CESAR), um dos principais centros de pesquisa e inovação no país, foi contratado pela Brasscom para desenvolver as propostas.
“A Brasscom analisou o ensino superior em tecnologia e um dos achados foi a necessidade de elevação da qualidade dos cursos”, justifica Sergio Paulo Gallindo, presidente executivo da entidade. “Isso permitiria elevar também a aderência dos estudantes, evitando a evasão e, consequentemente, ampliando a oferta de profissionais”, acrescenta Gallindo.
A entidade não aponta o dedo para ninguém em particular.
“Em diversos cursos, ficou claro que não houve atualização das grades, ainda que a tecnologia tenha avançado de forma significativa nos últimos anos”, afirma a diretora executiva da Brasscom, Mariana Rolim.
Em Tecnologia da Informação, são propostos currículos para Big Data e Introdução à Ciência de Dados; Inteligência Artificial; Nuvem; e Segurança da Informação. Para Tecnologia da Comunicação, há currículos de Defesa Cibernética; Internet das Coisas; e Roteamento e Gerenciamento de Redes. Sistema de Serviço Móvel e Sistemas de Transmissão são os dois currículos na área de Telecom.
Em breve, a Brasscom lançará também Itinerários Formativos de Tecnologia voltados ao Ensino Médio. Com eles, o propósito é estimular o interesse e o engajamento dos jovens na formação introdutória na área de TIC.
As recomendações da Brasscom tem peso. A entidade reúne 90 empresas, em diferentes níveis de associação.
Entre os fundadores estão os pesos pesados da TI brasileira, como Totvs, BRQ e Tivit, além de multinacionais com presença forte no país como Capgemini, IBM e Accenture. No segundo tier, vem nomes como Embratel, Sonda, Cisco e Huawei.