
Gabriel Bayomi.
A Openlayer, uma startup no nicho de inteligência artificial fundada pelo brasileiro Gabriel Bayomi nos Estados Unidos, acaba de captar um aporte de US$ 14,5 milhões de diversos fundos, parte deles da Wayra, braço de inovação da Vivo.
Inclui também o brasileiro Mindset Ventures, além de nomes de peso nos Estados Unidos como Y Combinator, Liquid 2 Ventures e Soma Capital, além de investidores anjos de peso como Mike Krieger, cofundador do Instagram.
A empresa criou uma plataforma que audita modelos de IA generativa e machine learning. ajudando a evitar vieses, bloquear respostas ofensivas e fraudes.
Bayomi conheceu os seus dois sócios, um indiano e um americano, durante seu período na Apple, quando participaram de um programa de desenvolvimento de novas lideranças em inteligência artificial (IA). Com apenas 31 anos, o brasileiro é o mais velho da trinca.
Hoje a Openlayer atende principalmente os Estados Unidos, de onde vem 70% da receita, mas também tem alguns projetos no Brasil, aos quais deve se somar a Vivo. A lista de clientes inclui Birdie, eBay e Hurb.
Com o aporte, a meta é aumentar a equipe de vendas e multiplicar a receita por cinco já neste ano.
“Queremos ser reconhecidos como a referência definitiva em QA e governança de IA, o ‘padrão-ouro’ em testes desse segmento. Nosso foco será expandir as modalidades de QA para IA, cobrindo todo o pipeline, desde o pré-lançamento até a produção”, afirma Bayomi.
(QA no caso é a sigla para “quality assurance”, com a qual se denomina no jargão da área de TI coisas como teste e controle de qualidade de software).
E quem é Bayomi? Dando uma olhada no Linkedin, dá para ver que o profissional teve uma carreira muito curta no Brasil, com apenas três anos na na ENETEC, uma consultoria júnior da Engenharia Elétrica da Universidade de Brasília, entre 2013 e 2016.
Depois, ele engatou uma carreira tipicamente americana, com um mestrado na Carnegie Mellon (uma referências na área de tecnologia), para depois emplacar um estágio na área de machine learning na Salesforce e chegar na Apple em 2019, onde trabalhou com IA e machine learning.
Bayomi participou entre 2017 e 2019 do programa da Fundação Estudar, uma ONG brasileira fundada pelos empresários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira para bancar jovens brasileiros que queiram estudar em grandes universidades.