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Aposentadoria antecipada prejudica sistema brasileiro. Foto: flickr.com/photos/68751915@N05
Um ranking divulgado pela Allianz Asset Management analisou 50 sistemas de pensões em diferentes países para sobre a sustentabilidade dos pesquisados. Entre os países participantes, o Brasil teve a segunda pior avaliação, ficando atrás somente da Tailândia.
O estudo aponta que a Austrália possui o sistema de pensão mais sustentável do mundo, seguida por Suécia e Nova Zelândia. Entre os piores estão Tailândia, Brasil e Japão.
Para Renate Finke, economista sênior da unidade de Pensões Internacionais da Allianz Asset Management na Alemanha, uma boa classificação no índice não equivale a pagamentos de aposentadorias generosas, mas mostra que o sistema de pensões de um país será capaz de lidar com seus dados demográficos subjacentes.
“Em contrapartida, é preciso levar em consideração que as nações que figuram no extremo inferior do ranking estão lá por diversas razões”, afirma
De acordo com o índice, o sistema de pensões no Brasil parece insustentável em longo prazo porque tem alta taxa de substituição. Além disso, tem opções de aposentadoria antecipada, número crescente de idosos e 13 pagamentos anuais, o que gera estresse nas finanças públicas.
Embora 60 e 65 anos sejam as idades legais para que brasileiras e brasileiros, respectivamente, se aposentem, a reforma efetiva é mais baixa quando considerado o tempo de contribuição, 30 e 35 anos.
Isso sugere que a população pode começar a receber aposentadoria, em média, aos 50 anos para as mulheres e aos 55 para os homens. Diante disso, projeta-se que até 2050, o número de pensionistas deverá aumentar em 3,5 vezes.
“As mudanças demográficas e seu impacto no sistema de pensão no Brasil é um tema que temos acompanhado de perto. A Allianz está engajada em promover o debate para desenvolvimento de novas políticas para fortalecer a sustentabilidade das pensões com o objetivo de melhorar índices financeiros e também de qualidade de vida”, ressalta Ingo Dietz, diretor executivo da Allianz Seguros.
O Índice de Sustentabilidade de Pensões da Allianz foi lançado em 2004. No entanto, a versão de 2014 traz pela primeira vez a análise de 50 países. aram a ser contemplados Brasil, Chile, México, Malásia, Indonésia e África do Sul.
Desde o último estudo, em 2011, Grécia, Irlanda, Luxemburgo, Romênia, Singapura, Turquia e Estados Unidos foram capazes de subir mais de cinco posições no ranking.
A melhora das perspectivas de envelhecimento, a introdução de reformas das pensões e o desenvolvimento econômico podem ser fatores que levaram a essa melhora.
Croácia, França, Hong Kong, Malta, Eslovênia e Taiwan caíram significativamente na classificação. Dentre as razões estão a nova projeção de envelhecimento rápido da população e o atraso na realização de importantes reformas de pensões.
O estudo na íntegra pode ser ado pelo site da Allianz.
O Grupo Allianz é um dos líderes globais em serviços de seguros, financeiros e de istração de fundos. Em todo o mundo, reúne aproximadamente 151 mil colaboradores e está presente na vida de mais de 80 milhões de clientes em 70 países. Seus ativos são equivalentes à soma dos PIBs do Brasil, Argentina e Chile.