
brasil investiu R$ 1,6 bi em smart grid. Foto: flickr.com/kwl
Apesar de se tratar de um movimento recente no Brasil, o país já conta com mais 200 projetos pilotos de smart grid em andamento, envolvendo cerca de 450 instituições – entre ministérios, agências reguladoras, universidades e empresas.
Os investimentos na área chegaram a R$ 1,6 bilhão nos últimos anos, com recursos originários especialmente do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Inova Energia (R$ 1,2 bilhão).
Um mapeamento divulgado no Workshop de Redes Elétricas Inteligentes mostra que existem mais de 300 fornecedores nacionais de tecnologia da informação e comunicação, 126 centros de pesquisa e desenvolvimento e inovação e 60 concessionárias em atuação neste segmento no território nacional.
Somente a Finep, agência de fomento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), destinou R$ 637 milhões – em subvenção econômica, crédito e recursos não reembolsáveis – a iniciativas de empresas e de instituições de ciência e tecnologia.
Por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o MCTI lançou, em 2013, uma chamada pública no valor de R$ 8 milhões com o intuito de apoiar projetos de pesquisa científica e de inovação em REI, contemplando 13 projetos em diversas regiões do país.
O interesse no segmento se justifica diante da tendência mundial de modernização dos sistemas elétricos e da constatação do alto índice de perdas na distribuição da energia no Brasil.
Segundo dados da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), essas perdas chegaram a 16,5%, em 2012, tanto por motivos técnicos como comerciais, especialmente devido a furtos, fraudes e a problemas de medição e de faturamento.
A expectativa é de que as redes elétricas inteligentes possam contribuir no aperfeiçoamento do sistema, por utilizarem tecnologias digitais avançadas para monitorar e gerenciar o transporte de eletricidade em tempo real com fluxo de energia e de informações bidirecionais entre o sistema de fornecimento de energia e o cliente final.