O Brasil ocupa a 49ª colocação de um ranking da Ernst & Young e City University de Londres sobre o ambiente para fusões e aquisições de 175 países.
O levantamento mediu o índice de maturidade para fusões e aquisições de cada país. Regionalmente, a Ásia foi vista como a mais favorável para as transações, atrás apenas dos mercados desenvolvidos.
Já o Brasil, que pontuou 2.7 em uma escala de 1 a 5 – sendo cinco o pior resultado – se destaca pela presença de recursos naturais, grande população e a atração que exerce sobre investimentos estrangeiros, mas o ambiente regulatório e a legislação trabalhista prejudicaram a colocação no levantamento.
O país ficou atrás de outros latino-americanos como Chile e México, e é classificado pelo estudo como um mercado “transicional”, categoria intermediária entre emergentes e desenvolvidos.
O estudo ressalta que o Brasil tem a perspectiva de maior presença de capitais privados em setores tradicionalmente estatais, como portos e aeroportos.
Além disso, sublinha que o país demanda investimentos em infraestrutura, o que junto com o mercado de energia pode provocar um maior volume de fusões e aquisições.
O levantamento também pontua que o sistema regulatório brasileiro é fragmentado e necessita de reformas em diversas áreas. Na avaliação apenas para o aspecto dos marcos regulatórios a nota do país é 3.6.
“O Brasil tem crescido bastante no que se refere a fusões e aquisições e atração de capitais, mas ainda não tem o volume de mercados maduros como América do Norte, Europa e Japão”, explica o líder de fusões e aquisições da Ernst & Young Terco, Ricardo Reis.
No levantamento, que considerou seis aspectos para a nota final dos países avaliados - ambiente regulatório, econômico, financeiro, político, tecnológico e sócio-cultural -, os mercados desenvolvidos, como Canadá, EUA, Reino Unido e Japão, lideram o ranking.
Por outro lado, subiram na avaliação países como Malásia, Israel e Chile.
O Chile, por exemplo, ocupa a 24ª posição no ranking, e possui uma pontuação de 1.4 para fatores políticos, indicando grande estabilidade, mesma classificação de EUA e Reino Unido para esse aspecto.
Além de América do Norte e Europa ocidental, a Ásia aparece como a principal região para fusões e aquisições.
Coreia do Sul, Cingapura e Hong Kong apresentam pontuação igual a de Austrália e Alemanha, uma evidência de que encontraram a maturidade para fusões e aquisições.
A despeito do crescimento recente e poder econômico, o estudo mostra que o mercado de fusões e aquisições chinês "ainda está para alcançar o seu verdadeiro potencial".
A pesquisa indica que enquanto a China tem boa pontuação na maioria dos critérios, os aspectos estabilidade política e regulação apontam para 3.0 e 3.3, respectivamente, demonstrando pontuação similar aos mercados emergentes.
Brasil é 49ª em ranking de fusões e aquisições 1r4g2n
15 de dezembro de 2010 - 13:31