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Brasil atrasadaço na infra para o IPv6 4n4g20


28 de agosto de 2013 - 15:38
Todo mundo conectado, infraestrutura de IP vai ter que crescer. Foto: flickr.com/redpuntoes

Todo mundo conectado, infraestrutura de IP vai ter que crescer. Foto: flickr.com/redpuntoes

O desempenho do Brasil na preparação para o IPv6, novo protocolo de endereçamento da internet lançado oficialmente há cerca de um ano, é lento, segundo avaliação da Cisco que coloca o país na 59ª posição mundial entre as nações mais aptas para a novidade.

Nas Américas o Brasil vem em décimo lugar.

“Isso pode ameaçar a capacidade das empresas baseadas no Brasil de competir no cenário internacional”, avalia Lucas Pinz, gerente de Tecnologia da PromonLogicalis, empresa que tem operações na Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai e atua em infraestrutura de rede e TI para operadoras de Telecom, empresas e governos.

Pinz avalia, ainda, que o IPv6 “pode soar como uma questão tecnológica”, mas vai além.

“Estar defasado em relação a outras nações, sejam elas parceiros comerciais ou concorrentes, pode trazer sérias consequências para a competitividade. A mudança para o IPv6 vai garantir que as oportunidades de crescimento sejam preservadas. Não seria nada bom o Brasil ficar para trás”, afirma o executivo.

Desenvolvido para substituir o protocolo IPv4, o IPv6 foi ativado em junho de 2012 e permite a criação de um número praticamente infinito de endereços públicos de internet.

Mesmo antes da ativação, o protocolo já vinha em uso, como mostra uma pesquisa da fornecedora de produtos e soluções de telecomunicações BT.

Na metade do ano ado, por exemplo, um estudo da BT mostrou que enquanto em 2011 5% das companhias mundiais haviam adotado o protocolo, em 2012 este número já subia para 13%.

Além disso, o levantamento mostrou que mais de 44% dos entrevistados planejavam implantar o IPv6 em dois anos.

Um mercadão no qual o Brasil pode aparecer atrás na pesquisa da Cisco, mas mostra alguns cases de bom aproveitamento, como no caso da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquisa Filho (Unesp), que fica na capital paulista e é a primeira colocada da América Latina e 18º mundial em uso do IPv6.

Conforme o ranking da The Internet Society, que mantém estatísticas de o do IPv6 pelo mundo, a Unesp possui um percentual de uso de 18,3% do novo protocolo em seus sistemas.

A universidade usa o protocolo desde 2009, quando começaram a se proliferar previsões de analistas sobre o futuro esgotamento de números de endereços no protocolo IPv4.

Pinz ressalta que a infinitude de endereços propiciadas pelo Ipv6 tem parte fundamental em segmentos como a mobilidade, dada a expansão cada vez mais rápida dos dispositivos móveis, e a chamada “internet das coisas”, que oferece conectividade em carros, sensores residenciais, monitores de frequência cardíaca e eletrodomésticos, entre outros equipamentos.

Novas demandas geradas por aplicações industriais e residenciais, sistemas de transporte conectados à nuvem, serviços integrados de telefonia, redes de sensores, computação distribuída e jogos online são outros exemplos citados pelo executivo para justificar a importância da adesão ao novo protocolo.

“Essa pode não ser uma questão crítica de negócio agora, mas não é razão para a inércia. Chegar atrasado não é uma boa opção. Embora os provedores de infraestrutura e serviços já estejam caminhando na direção do IPv6, as empresas e o setor público também devem se preparar, antes que o Brasil fique ainda mais atrasado”, conclui Pinz.

Com cerca de 800 clientes, a PromonLogicalis fatura aproximadamente US$ 500 milhões ao ano na América Latina.
A companhia é uma t venture entre o grupo brasileiro Promon e a Logicalis, provedora internacional de serviços e soluções de TIC, com presença na Europa, América do Norte, América Latina, Ásia e Oceania.
 

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