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BMG revê estratégia digital 6t6x2r

Captar clientes on-line é caro demais, aponta novo CEO da gigante de crédito consignado. 4r3b27

21 de novembro de 2023 - 08:37
BMG é uma das grandes do setor financeiro do país. Foto: Divulgação.

BMG é uma das grandes do setor financeiro do país. Foto: Divulgação.

O novo CEO do BMG, uma das grandes empresas de crédito consignado do Brasil, vai rever o papel do banco digital da instituição, lançado 10 anos atrás.

Em entrevista ao Valor Econômico, Luis Felix Cardamone Neto disse que a operação digital vai deixar de focar em captar novos clientes, para se focar no relacionamento com a base existente.

Segundo Cardamone, o banco digital é “muito caro”, como um instrumento de captação.

É uma avaliação interessante, porque nos últimos anos a febre de todo tipo de instituição financeira era justamente investir pesado para captar clientes digitalmente, o que reduziria custos frente a ter uma operação física.

No caso do crédito consignado, essa operação física é em grande parte operada pelos chamados correspondentes bancários, conhecidos no jargão como “pastinhas”.

Cardamone não chega a entrar em detalhes sobre a estrutura de custos da operação digital, mas é fácil imaginar que o BMG avaliou que os custos de fazer empréstimos consignados online de maneira segura é uma tarefa mais complicada do que parece, pelo alto custo de evitar fraudes no chamado “onboarding digital”.

Tratando com clientes previamente existentes, o custo da checagem de identidade cai e a operação toda se torna menos suscetível a fraude.

A mudança na estratégia se deu também por uma troca no perfil da liderança do BMG.

Cardamone fez carreira no setor financeiro, com agem por Banco Real/Santander, Fibra e ConectCar. Foi também presidente da Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços (Abecs).

Na entrevista ao Valor, o executivo resumiu a estratégia do banco como “não reinventar a roda”, focando em “racionalização de gastos e rentabilização”, com corte de pessoal, reformulação dos modelos de crédito e descontinuação de unidades não rentáveis.

A CEO anterior, Ana Karina Bertoni Dias, foi contratada logo depois da abertura das ações, vinda da McKinsey, uma das gigantes de consultoria cujo modelo de negócios poderia ser descrito jocosamente como “ajudar empresas a reinventar a roda”. 

No terceiro trimestre, o banco teve lucro de R$ 72 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 14 milhões registrado no segundo trimestre. O resultado também superou em 34,1% o lucro do mesmo período do ano ado. 

O BMG tinha R$ 24,149 bilhões em sua carteira de crédito no fim de setembro, com queda de 2% no trimestre e expansão de 5,3% em um ano. 

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