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Blackberry investe em plataforma de segurança. Foto: divulgação.
A BlackBerry assinou nesta terça, 29, um acordo para comprar a Secusmart, empresa alemã especializada em aplicações de criptografia anti-espionagem para dispositivos móveis.
Com a transação, cujo valor não foi aberto, a fabricante canadense de smartphones pretende retomar o foco em sua especialidade, que é de ambientes seguros para dispositivos móveis voltados ao segmento corporativo.
A Secusmart, com sede em Düsseldorf, desenvolve tecnologia de criptografia para proteção contra espionagem sobre dados de voz e tem entre seus clientes os governos alemão e canadense.
Segundo o CEO da Secusmart, Hans-Christoph Quelle, o plano da empresa é de fato atingir o segmento governamental, colocando os smartphones da Blackberry nas mãos de todos os chanceleres e presidentes do mundo.
"É preciso proteger o uso de voz nos smartphones. Não é preciso esperar para conseguir uma linha segura terrestre", destacou Quelle ao falar de sua tecnologia, que utiliza uma pequena U integrada ao cartão microSD do telefone para encriptar os dados.
Um ponto a favor da Blackberry é de que a plataforma já é compatível com o sistema operacional Blackberry 10. Segundo afirmou o CEO da Blackberry, John Chen, o aumento da demanda por soluções de segurança e reforço contra ciberataques pode ser decisivo para um futuro sucesso da empresa.
"Esta é uma tecnologia de alto valor agregado que eu poderia cobrar e ela aumenta muito a distância entre nós e os concorrentes", disse Chen ao Wall Street Journal.
Para Chen, a expertise da BlackBerry em segurança e suas atualizações tecnológicas para tornar a comunicação de mensagens e o software de gerenciamento de dispositivo móvel mais seguros e adaptáveis dão à empresa uma vantagem competitiva na conquista de negócios nas áreas de governo, empresas de serviços financeiros e instituições de saúde, entre outras.
No início de 2014, a vida financeira da Blackberry continuou difícil, com uma receita de US$ 966 milhões no primeiro trimestre, o que representa uma queda de US$ 10 milhões - ou 1% - em relação ao mesmo período do ano anterior.
Com o novo investimento em sua plataforma de segurança móvel, a Blackberry também quer mostrar força em meio a uma onda de movimentos do mercado de soluções em mobilidade corporativa.
Desde o ano ado, a Samsung aposta no uso do Knox, camada de segurança que opera sobre o Android e foi lançada junto com o Galaxy S4. Na semana ada, a Apple e a IBM, notórias rivais nos anos 80, resulveram unir forças para desenvolver aplicações móveis para grandes empresas.