CRÍTICAS NA FIESC

Barros: tributos destruirão indústria 4c3d2g

Ex-presidente do BNDES, Luiz Carlos Mendonça de Barros, criticou duramente o sistema tributário brasileiro em seminário na Fiesc. 6g3bh

20 de abril de 2012 - 12:19
Luiz Carlos Mendonça de Barros. Foto: Divulgação

Luiz Carlos Mendonça de Barros. Foto: Divulgação

O ex-presidente do BNDES e ministro das Comunicações Luiz Carlos Mendonça de Barros, soltou o verbo contra o sistema tributário brasileiro, que, segundo ele, “vai destruir a indústria brasileira”.

Em seminário da Fiesc, o economista destacou que, nos moldes como está hoje, a política tributária brasileira mantém o país no mesmo  patamar de dificuldades para a indústria dos tempos de economia fechada.

"Posso falar isso de peito aberto. Meu filho tem uma indústria em São Paulo, com 350 funcionários, e vai fechar porque não tem condições de competir", ressaltou Bacha, que liderou o BNDES e o Ministério das Comunicações durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

O gestor, que também já foi ministro das Comunicações, disse que as condições de competitividade da economia brasileira pioraram muito com a abertura comercial no início dos anos 1990.

"A indústria foi o setor que mais sofreu porque o segmento mais protegido da economia sempre foi a parte industrial. Com a abertura, diminuiu esse poder de competição", afirmou.

Além disso, destacou que quando o Brasil começou a concorrer com outros países, percebeu que os custos eram maiores.

Como exemplo, citou a energia elétrica, que hoje chega a custar quatro vezes mais que nos países concorrentes.

“Num cenário de economia fechada, o consumidor paga o produto mais caro, mas hoje não. Então não pode ter a estrutura tributária que nós temos em uma série de insumos da indústria", ressaltou Mendonça de Barros.

Real fraco, nunca mais
Para o dirigente, o câmbio é uma questão relevante, mas que vai se manter mais forte que no ado por causa das commodities.

"Não teremos mais real fraco", afirmou. Para ele, a taxa de câmbio é apenas parte do problema da competitividade da indústria.

Na mesma linha, o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, disse que o câmbio é mais uma gota num copo de água que já estava cheio.

"Encheram o copo com carga tributária muito elevada, juros elevados, custos de logística exagerados que nos temos no país e que, portanto, dificultam a nossa competitividade em ralação aos nossos principais concorrentes que não tem os mesmos custos", declarou.

Hoje, segundo ele, produzir no Brasil ficou muito caro, principalmente por causa da carga tributária elevada.

Para ele, há uma desindustrialização no país, e se configura na perda de participação relativa da indústria na formação do PIB – fatia que, no ano ado, ficou em torno de 18%, menor do que nos anos 80, quando o setor chegava a 38% de participação.

Entretanto, ele defendeu que a desindustrialização é relativa e não absoluta, ou seja, nem todos os segmentos estão caindo.

Mudança
Para mudar o cenário, os dirigentes sugerem encarar a questão da reforma tributária com mais seriedade do que tem ocorrido.

Na opinião de Mendonça, o único caminho para solucionar o problema é discutir a questão “a fundo”, como uma questão de sobrevivência.

 “A reforma que se discutia era uma abstração. Hoje, é uma questão de sobrevivência. Discutiu-se inflação no Brasil durante 25 anos. Só se resolveu quando chegou a hiperinflação e era questão de sobrevivência. Aí, a sociedade resolveu se mexer”, afirmou o gestor.

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