
AWS quer desatar nó na Virgínia. Foto: Depositphotos.
A AWS vai investir US$ 35 bilhões nos seus data centers no estado americano da Virgínia até 2040.
A divulgação da novidade não partiu da AWS, mas do governo da Virgínia, que divulgou uma nota comemorando a criação de 1 mil novos empregos no estado, que concede incentivos fiscais para a gigante de nuvem.
O investimento é chave para o futuro da AWS. A US-EAST-1 é a região mais antiga da AWS, datando dos primórdios da empresa, no já distante ano de 2006.
A proximidade com Washington torna a região um centro de agências de segurança e empresas de tecnologia ligadas ao setor de defesa americano, além de ser um dos nós centrais do backbone de Internet dos Estados Unidos.
Na teoria, é a região mais resiliente de todas. Na prática, ela costuma estar no meio das grandes quedas de serviço da AWS.
A última grande falha da US-EAST-1 foi no final de 2021, causando problemas no iFood, League of Legends, Valorant, Nubank, Banco Pan e C6 Bank, entre outros.
Em março de 2018, por exemplo, o site Mercado Livre, um dos maiores sites de comércio eletrônico do país, ficou fora do ar por quatro horas devido a um problema em um data center da AWS na Virgínia.
Que a infraestrutura na costa leste americana é chave para a AWS já é de conhecimento inclusive de malucos perigosos.
Em abril de 2021, a polícia americana prendeu um homem que projetava atacar com explosivos um data center da Amazon Web Services em Ashburn, na Vírginia.
Seth Aaron Pendley foi preso depois de comprar o que acreditava serem explosivos do tipo C-4 de um agente do FBI.
Pelas contas de Pendeley, um ataque nesse data center da AWS poderia derrubar 70% da Internet mundial.