
CD da Amazon deve abrir em Nova Santa Rita. Foto: Pexels.
A Amazon, gigante de e-commerce, está preparando a instalação de um centro de distribuição Nova Santa Rita, na região metropolitana de Porto Alegre.
É o que informa a coluna de Giane Guerra no jornal Zero Hora. De acordo com a jornalista, o anúncio oficial deve acontecer “somente nos próximos dias ou até semanas”.
Segundo Guerra, o local está sendo reformado por uma construtora de São Paulo e expectativa é que trabalhem no local 1 mil funcionários.
A cifra seria o dobro dos 500 que deveriam trabalhar no centro de distribuição que o Mercado Livre recentemente desistiu de instalar em Cachoeirinha, na região metropolitana de Porto Alegre por problemas tributários (veja mais sobre isso abaixo).
A Amazon não abre nenhuma informação relevante sobre sua presença no Brasil (como, aliás, a AWS, seu braço de computação em nuvem), mas analistas estimavam que as vendas devem girar em torno de R$ 800 milhões em 2019, contra algo em torno de R$ 500 milhões em 2018.
É possível notar que a Amazon vem reforçando sua presença no Brasil.
No ano ado, fez o lançamento no país do Prime, serviço pelo qual o cliente paga uma mensalidade para ter o a frete gratuito e entrega em 48 horas.
O serviço começou estando disponível entrega para 90 cidades, incluindo as áreas metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte e capitais e principais cidades das regiões Sul e Sudeste.
Uma ampliação para mais cidades depende de novos centros de distribuição, como o que pode ser construído em Nova Santa Rita.
Na época do lançamento do Prime, a Amazon estava começando a testar o 'fulfilled by Amazon', a modalidade em que uma mercadoria oferecida por vendedores do markerplace fica em consignação nos centros de distribuição da companhia, que faz a logística e entrega.
Nesse último aspecto, aliás, deve ser interessante observar o comportamento do governo gaúcho em relação à Amazon.
Isso porque o motivo alegado pelo Mercado Livre para desistir do seu centro de distribuição gaúcho foi o fato da Secretaria da Fazenda do estado não encontrar uma acomodação para esse tipo de modelo de negócio.
Segundo disse o Mercado Livre em março, ao anunciar a suspensão de contratações e obras em Gravataí, o problema seria que, pelas regras tributárias gaúchas, cada vendedor que comercializa produtos pela plataforma teria de abrir uma filial no Rio Grande do Sul.
A Secretaria Estadual da Fazenda do Rio Grande do Sul disse que tinha encaminhado um regime especial. A informação é questionada pelo prefeito de Gravataí, Marco Alba.
A cidade entrou com uma ação solicitando que o governo do Estado mostre a documentação provando que negociou com o Mercado Livre as condições tributárias pedidas pela empresa.
Vale lembrar que a desistência do Mercado Livre, no final de junho, aconteceu apesar do fato da empresa já estar em processo de contratação de 500 funcionários em um primeiro momento e ter um alvará da prefeitura de Gravataí para um centro de distribuição de 50 mil metros quadrados.
Será que o Rio Grande do Sul conseguirá tropeçar na mesma pedra novamente?