
Alckmin curtiu o picolé de chuchu. Foto: divulgação.
Na corrida eleitoral pelo governo do estado de São Paulo, parece que tá valendo tudo, incluindo abraçar apelidos poucos lisonjeitos em relação aos candidatos. No Facebook, a página de Geraldo Alckmin (PSDB), incorporou a página "Picolé de Chuchu" e seus seguidores.
Segundo informação do Radar Online, da Veja, os usuários da rede social que curtiam a página com o apelido relacionado à Alckmin agora seguem a página da campanha do candidato. O nome foi dado ao político pelo colunista José Simão, na época na Folha de São Paulo, para dizer que Alckmin era "sem graça".
Segundo destacou o comitê da campanha de Alckmin, os perfis sociais do candidato não são responsabilidade da campanha, mas sim do próprio candidato. A assessoria de imprensa do Palácio dos Bandeirantes não soube informar quem istra a página no dia-a-dia.
Segundo as regras do Facebook, se uma página usa o nome de um terceiro, o mesmo tem o direito de se apropriar dos seguidores deste endereço em sua página oficial. Entretanto, a página fica com um aviso - no caso os dizeres logo abaixo da foto de Alckmin: "A página Picolé de chuchu foi mesclada com esta página".
De acordo com Vinicius Ghise, coordenador de Social Media da Global Ad, agência portoalegrense de marketing digital, para ocorrer a mescla de diferentes páginas, as diretrizes do Facebook exigem uma relação entre duas (no caso o nome e um apelido).
"O Facebook vem restringindo bastante esse tipo de prática ultimamente, mas é preciso ter um interesse mútuo para que este tipo de coisa ocorra, como um acordo entre as partes", observa Ghise.
Uma hipótese para esse "acordo" não é muito difícil de imaginar, como um possível acerto financeiro entre os responsáveis pela página de Alckmin e a parte que criou o perfil Picolé de Chuchu.
A curto prazo, a estratégia funcionou, já que o número de curtidas na página de Alckimin cresceu para 352 mil. Agora resta saber por quanto tempo o plano vai funcionar, já que muitos seguidores não são exatamente fãs do político.
A bem da verdade, a base de adeptos do candidato tucano já não era pequena antes disso. Segundo pesquisas divulgadas pelo Ibope no final de julho, Alckmin lidera as pesquisas com 50% das intenções de voto, na frente de Paulo Skaf (PMDB), com 11%, e Alexandre Padilha (PT), com 5%.