Aéreas perderam US$ 1,4 bi com fraudes online 5l6a26

Uma pesquisa da CyberSource, empresa de pagamentos pertencente à Visa, revela que, só em 2010, as companhias aéreas sofreram perda de US$ 1,4 bilhão devido a fraudes em pagamentos online. O número é 31% menor do que em 2008, o que se deve aos investimentos das aéreas em tecnologias antifraude, segundo Guillermo Rospigliosi, diretor da CyberSource para a América Latina e Caribe. 523eh

07 de julho de 2011 - 16:16

Uma pesquisa da CyberSource, empresa de pagamentos pertencente à Visa, revela que, só em 2010, as companhias aéreas sofreram perda de US$ 1,4 bilhão devido a fraudes em pagamentos online.

O número é 31% menor do que em 2008, o que se deve aos investimentos das aéreas em tecnologias antifraude, segundo Guillermo Rospigliosi, diretor da CyberSource para a América Latina e Caribe.

Para o estudo, foram feitas 142 entrevistas, às quais 72% dos participantes foram companhias com receitas superiores a US$ 500 milhões.

Conforme os dados apurados, as empresas têm investido mais, nos últimos dois anos, em ferramentas automatizadas de detecção de fraudes em transações (em média 7,3 soluções por companhia, comparadas a 5,8 em 2008), assim como a recusa de maior número de reservas devido a suspeita de fraude.

“As companhias não só reconheceram o desafio como fizeram ajustes para superá-lo”, analisa o executivo.

O levantamento mostra, ainda, que as companhias aéreas com menos de três anos de experiência nas vendas online registram taxas mais altas de perdas por fraude, índices mais altos de revisões manuais e um número maior de transações recusadas em comparação aos concorrentes com mais experiência.

Enquanto as empresas que estão no mercado online há mais de dez anos revisam manualmente 15% de suas reservas, as que possuem menos de três anos de conhecimento nessa área o fazem em 53%.

Outro dado é que apenas 3% das aéreas pesquisadas usam serviços de consultoria de crédito para validar as reservas.

“No entanto, as empresas que usam essa ferramenta acreditam que ela seja uma das medidas mais eficazes para combater a fraude”, afirma a pesquisa.

Além disso, o levantamento aponta a biometria e modelos de categorização de fraude de empresas terceiras entre as ferramentas mais consideradas para uso futuro pelas empresas de aviação.

Ainda conforme o estudo, a necessidade de revisão automatizada tende a aumentar rapidamente.

“De acordo com a International Air Transport Association, a receita da venda de agens aumentará 7,3% em 2011, mas cerca de 90% das companhias pesquisadas dizem que o número de pessoas dedicadas a revisões manuais será mantido”, destaca Christopher Staab, sócio da entidade. “Ou seja, a automatização terá que aumentar para que a diferença gerada pelo crescimento seja istrada”, complementa.

Segundo ele, também há o “elo mais frágil da cadeia”, que são companhias não familiarizadas com as formas pelas quais se podem cometer fraudes sofisticadas na venda online de agens.

“Essa é a razão pela qual esse tipo de dado é tão relevante para a indústria global de transporte aéreo. Existem soluções disponíveis e as companhias aéreas precisam utilizá-las”, sentencia Staab.

Falando em soluções, a própria CyberSource acaba de ampliar seu portfólio antifraude, com a incorporação de um novo algoritmo de detecção de tentativas de crime a seu sistema Decision Manager.

O sistema, criado especificamente para atender as necessidades da indústria de viagens, detecta fraudes em solicitações de reservas, incluindo dispositivos de identificação e informações sobre o comportamento do comprador, que se correlacionam com dados de transações gerados por estabelecimentos comerciais de todo o mundo.

“O novo algoritmo de segurança considera padrões únicos de compra que existem nessa indústria, na qual reservas diversas de pessoas que viajam com frequência e de agências de viagens são muito comuns”, destaca Rospigliosi.

Os resultados dessas correlações, segundo ele, podem então ser comparados com os padrões estabelecidos pela companhia aérea para automaticamente aceitar, recusar ou revisar a reserva.

“Com essa solução, a diferenciação de reservas válidas das fraudulentas é mais automatizada e as companhias aéreas e outras empresas que operam na indústria de viagens podem reduzir ainda mais os custos com revisões manuais e as perdas por fraude”, finaliza o diretor da CyberSource.

A CyberSource é subsidiária da Visa, especializada em gestão e processamento de pagamentos online, com soluções utilizadas por mais de 330 mil empresas em todo o mundo.

A corporação tem sede na Califórnia e escritórios no Reino Unido, Cingapura e Tóquio.