POLO ESPACIAL GAÚCHO

AEL: microssatélite é alternativa 583h6u

Conheça todos os detalhes sobre o projeto de pólo espacial gaúcho. 4g4t4c

14 de agosto de 2013 - 17:29
Marcos Arend, diretor de tecnologia da AEL. Foto: Baguete.

Marcos Arend, diretor de tecnologia da AEL. Foto: Baguete.

Para a AEL Sistemas, companhia gaúcha que é a empresa-âncora do Polo Espacial Gaúcho, a decisão por construir microssatélites é um caminho alternativo que pode garantir o crescimento da indústria aeroespacial no cenário brasileiro.

O posicionamento da empresa, que desenvolve sistemas na área de defesa civil, com clientes como o Exército e Aeronáutica, é uma aposta para criar um ecossistema de tecnologias voltado ao setor aeroespacial, em parcerias com outras empresas locais e universidades.

O ponto de partida para esta iniciativa é o projeto piloto de um microssatélite, no valor de R$ 43 milhões, se classificando ao lado de outras 69 empresas de todo o país no edital Inova Aerodefesa, da Agência Brasileira da Inovação (Finep).

Para a AEL, o projeto do microssatélite prepara o estado para as próximas etapas do programa espacial nacional, cujo plano envolve o investimento de cerca de R$ 9 bilhões na construção de 16 satélites - de pequeno a grande porte - até 2020.

O objetivo da empresa é inovar em setores tecnológicos pouco explorados, sendo uma alternativa ao Polo Espacial de São José dos Campos, onde está sediada a Visiona, t-venture da Embraer e Telebras voltada à indústria aeroespacial, mas de olho em projetos maiores.

A Visiona será a responsável pelos contratos de tecnologia e gestão do SGDC-1, o primeiro satélite geoestacionário do país, um investimento de R$ 1,1 bilhão do governo federal, voltado ao segmento de comunicação.

No caso do polo gaúcho, a AEL pretende desenvolver a tecnologia para a confecção de satélites menores, de menos de 20kg, e que voam em baixa altitude, de 500 a 1.500 km - em comparação, o SGDC-1 tem cerca de oito toneladas e fica a cerca de 36 mil km de altitude.

"São satélites capazes de ficar de 1 a 2 anos em órbita e pode atender a diversas demandas do setor de defesa e também civil, como imageamento e georeferenciamento em questões ambientais, por exemplo", explica Marcos Arend, diretor de tecnologia da AEL.

O MMM-1, o satélite projetado para o edital do Finep é a primeira etapa de um objetivo mais ambicioso. A primeira versão será um projeto básico, rodando essencialmente com tecnologia local. Caso o projeto receba sinal verde do governo, deve ler lançado em 2015.

Para isso, o polo gaúcho, ancorado pela AEL e apoiado pelo governo do estado, reúne outras empresas locais do setor (Digicon, GetNet e TSM) e universidades (UFRGS, PUC-RS, Unisinos e UFSM). Estatais como Cientec e Ceitec também estão no bolo.

Para Arend, com o avanço na área de chips, as tecnologias para microssatélites estão ficando cada vez mais complexas, com capacidade inclusive de atender demandas adas aos maiores satélites, como os geoestacionários, em algumas áreas.

"É possível criar clusters de satélites menores, orbitando em altitudes baixas, mas capazes de cobrirem grandes áreas, inclusive com maior rapidez", explica.

Segundo números da Spaceworks divulgados em 2012, o uso de microssatélites no setor de defesa subirá de 15 para 99 até 2015. No setor civil, o aumento será de 108 para 192 no mesmo período.

De olho nesta oportunidade, a construção do MMM-1 será a base para o desenvolvimento de tecnologias ainda mais avançadas para os microssatélites, como controle de órbita - recurso não presente na primeira versão - e sistemas microeletromecânicos (MEMS).

Para Vitor Neves, vice-presidente da AEL Sistemas, a entrada nesta "corrida espacial" será um salto de competitividade para o estado e para o país, em uma tecnologia que ainda está em crescimento em outros países.

"Em muitas questões aeroespaciais, nossas empresas e universidades já possuem tecnologias avançadas, mas ainda não contam com o histórico. Com o projeto do microssatélite, queremos mudar isso", afirma.

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