
Obras do Tecnovates. Foto: Tuane Eggers.
Em abril deste ano a Univates pretende entregar a primeira fase de seu parque tecnológico, o Tecnovates, um empreendimento de cerca de R$ 23 milhões que ficará em uma área de 5 hectares perto da universidade.
Lançado em 2010 e já em operação limitada dentro da instituição desde 2011 através da sua incubadora Inovates, 2014 é o ano da virada para o parque em Lajeado, que terá cerca de oito empresas e dezesseis startups incubadas.
Outra parte do Tecnovates que já estava em funcionamento e deve ter suas atividades intensificadas é o UniAnálises, complexo de laboratórios que será compartilhado entre as empresas e a universidade.
Segundo o professor e diretor do parque Eloni Salvi, a data de abertura dos quatro primeiros prédios está prevista para 23 de abril, em uma área construída de 8,2 mil metros quadrados que abrigará as primeiras empresas, a incubadora e a parte istrativa.
"Teremos companhias de tecnologia da informação, mas o foco do empreendimento está voltado à iniciativas nos setores como alimentos, energias renováveis, meio ambiente e indústria criativa", frisa Salvi.
Para o professor, a decisão por focar em segmentos como alimentos e agricultura tem a ver com o principal mercado da região. Conforme aponta Salvi, o agronegócio compõe cerca de 80% do PIB da região.
"Queremos qualificar ainda mais o que é competência e referência nos municípios da região. Não pretendemos entrar em competição direta com outros parques vizinhos", destaca o diretor, fazendo referência ao outros empreendimentos mais voltados à TI e já consolidados nesta área, como o Tecnosinos e o Tecnopuc.
Da parte da universidade, o Tecnovates leva um investimento de R$ 15,8 milhões da universidade e cerca de R$ 7 milhões do Governo Federal. O parque entra com toda a estrutura física e parcerias com os cursos para as empresas interessadas em se instalar no local.
Por enquanto, as empresas filiadas à iniciativa são de dentro do estado, mais uma companhia espanhola de nome não revelado. Salvi adianta que está em conversas avançadas com multinacionais asiáticas, de países como China e Coréia.
"Também queremos atrair grandes empresas nacionais, em segmentos que tenham a ver com os pontos fortes que queremos desenvolver por aqui. No entanto, este planejamento já fica para a segunda fase do parque, que queremos iniciar em 2015", explica Salvi.