
Start-Up Brasil acelera com a primeira turma de empresas. Foto: divulgação.
Nove empresas do sul estão na primeira turma do Start-Up Brasil, que foi divulgada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) nesta segunda-feira, 29.
No total, foram divulgados 56 projetos nesta primeira leva da iniciativa, criada para apoiar companhias novatas de tecnologia no país. O Start-Up Brasil faz parte do TI Maior, programa que até 2015 aportará cerca de R$ 60 milhões em 300 novas empresas.
Cada uma das empresas selecionadas receberá do governo verbas entre R$ 100 mil e R$ 200 mil, de acordo com a necessidade de seus planos de negócio.
Do sul, o campeão de startups escolhidas foi o Rio Grande do Sul, que colocou cinco empresas na lista: o site de e-learning Aula Livre, a desenvolvedora de chips para pecuária Chip Inside, a provedora de soluções de dados Data Mundus, a desenvolvedora Myooni e a empresa de e-billing PagapraMim.
Do Paraná, foram três selecionadas: o site de e-learning EADBox, a empresa Executive e a plataforma de e-commerce MercaFácil.
Santa Catarina emplacou um nome na lista, com a empresa InPulse, que desenvolveu o AFTscan, sistema para diagnóstico da neuropatia diabética.
Registrada em São Paulo, mas sediada em Porto Alegre, outra selecionada foi a Econodata, startup spin-off da Krieser IT Solutions, que desenvolveu uma solução que fornece informações sobre o mercado financeiro e econômico.
EMPRESAS
Dos 56 nomes escolhidos no total nacional, 11 saíram de iniciativas de fora do país. Os projetos vieram dos Estados Unidos, Irlanda, Argentina, Colômbia, Espanha e Israel.
As 36 startups restantes vem de oito estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Ceará, Pernambuco, Goiás e Distrito Federal. Cada uma tem em média 4,8 integrantes e, a maioria (87,7%) é formada por homens.
Na primeira fase do projeto, foram recebidas 908 inscrições, sendo de 672 projetos brasileiros e 236 estrangeiros. Os selecionados foram avaliados por uma banca formada por especialistas em inovação, tecnologia e negócios.
“Vamos fortalecer a indústria do softwarte no Brasil por meio de uma parceria pública-privada, sendo que o papel do governo é o de apenas orquestrar a execução do programa”, afirmou o secretário de Política de Informática do MCTI, Virgilio Almeida.
As nove aceleradoras habilitadas, que irão apoiar as startups, são 21212, Aceleratech, Acelera Brasil (Microsoft Participações), Acelera MG (Fumsoft), Papaya Ventures, Wayra, Outsource Brazil, Start You Up e Pipa, que conta com a participação das empresas gaúchas Engage e Perestroika.
Segundo dados liberados pelo MCTI, 19,64% das startups selecionadas apresentaram projetos no setor educacional e 14,29% focaram no varejo. Em seguida, nos setores mais visados, estão empatados saúde, finanças, eventos e turismo, cada um com 8,93% de participação.
O governo anunciou para setembro, no Rio de Janeiro, Induction Week, evento que reunirá as aceleradora e as empresas desta primeira leva.
No mês seguinte, será dado o pontapé inicial da segunda etapa do programa, com a divulgação do edital para mais 50 startups. Em novembro, sai outro edital, em novembro, abrindo vagas para seis novas aceleradoras.