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Stefanini une compras na área de marketing 6n6a70

Empresas adquiridas agora estão sob o comando de Guilherme Stefanini. 206j6v

12 de maio de 2021 - 12:25
Guilherme Stefanini.

Guilherme Stefanini.

A Stefanini decidiu agrupar as empresas que andou adquirindo nos últimos tempos no segmento de marketing digital, ou, como o pessoal gosta de dizer agora “martech”.

Com a medida, Gauge, Inspiring e as integrantes da holding Haus (W3haus, Huia, Brooke e CAPS), am a atuar debaixo de uma “plataforma” chamada Haus, sob o comando de Guilherme Stefanini, totalizando 400 funcionários.

Como dá para imaginar, Guilherme Stefanini é filho de Marco Stefanini. Nos últimos tempos, Guilherme vem ganhando espaço na área de marketing digital da empresa, tendo assumido ainda em março o comando da Gauge, consultoria de performance e experiência do usuário adquirida pela gigante brasileira de tecnologia em 2017.

A Stefanini parece ter optado por uma estratégia diplomática na reorganização. Guilherme fica no comando, mas a divisão tem o nome Haus e terá uma participação ativa dos fundadores da Haus, Tiago Ritter e Alessandro Cauduro.

A empresa mais conhecida da holding Haus (negócios de comunicação adoram estruturas enroladas), é a agência de propaganda W3Haus, uma agência pioneira no mercado digital, nos últimos anos atuando também na publicidade mais tradicional.

A Haus foi adquirida pela Stefanini em julho de 2020, em um negócio que marcou a aposta mais significativa da empresa no segmento de marketing digital. A Haus tem 20 anos de atuação, 200 funcionários e uma carteira de clientes com nomes como Ambev, Bauducco, O Boticário, HBO, Panvel e Petrobras.

Além da W3Haus, a Haus também tinha debaixo de si a Brooke (produtora de conteúdo digital) e CAPS (atuação in house nos clientes). Outra empresa agora sob o comando de Guilherme Stefanini é a Inspiring, atuante no ramo de fidelização e engajamento.

Todas as empresas manterão suas marcas e identidade (ainda que normalmente, esse tipo de movimentos costume acabar em um grau maior de consolidação).

“A diferença é que aremos a atuar como uma integradora para apresentar soluções de ponta a ponta. Queremos que o cliente nos veja como um parceiro estratégico, capaz de oferecer uma plataforma completa de CX”, afirma Guilherme Stefanini.

O próximo o do Grupo Stefanini é internacionalizar a plataforma e a construção de softwares e produtos digitais para os clientes, seja no modelo greenfield (começar do zero, no jargão) ou via aquisições.

 “Temos projetos ambiciosos para a nossa plataforma e esperamos expandi-la para as outras regiões onde atuamos. Já iniciamos este movimento com a Infinit, agência do grupo que atende a região da Europa”, prevê Stefanini.

Meses depois da aquisição da W3Haus, Stefanini já havia se tornado “managing partner” na companhia, em um movimento que não foi divulgado. 

De maneira geral, a Stefanini trata Guilherme com uma dose de discrição. Nos últimos anos, o nome Guilherme Stefanini tem aparecido com frequência, mas nunca é mencionado que o profissional é filho do fundador da empresa (não que seja necessário ser um ás do jornalismo investigativo para descobrir).

Mas a trajetória de Guilherme Stefanini parece ser de preparação para voos mais altos. Ele começou a carreira como consultor na Booz & Company, uma das maiores empresas de consultoria empresarial do mundo, atuando como consultor por três anos, entre 2012 e 2015.

Em fevereiro de 2016, Stefanini foi contratado como consultor digital na Stefanini e vem galgando posições desde então.

Uma eventual transição é um cenário de médio prazo, no entanto. Marco Stefanini nunca deu pistas que queira se afastar do cargo de CEO da empresa que leva o seu nome e vem crescendo em ritmo acelerado.

A Stefanini faturou R$ 4 bilhões em 2020, resultado que representa um crescimento de 21% em relação a 2019 e é um dos melhores da empresa nos últimos anos. O crescimento foi o dobro do registrado em 2019, e o triplo do registrado em 2018 e 2017. 

CENÁRIO

Grandes empresas de tecnologia com uma trajetória mais corporativa têm se interessado por companhias de marketing e comunicação com um viés digital, em meio a badalação em torno de termos como experiência de usuário (CX, na sigla em inglês).

Em 2017, CI&T, uma grande empresa brasileira de desenvolvimento de software, adquiriu a Comrade, consultoria especializada em estratégias e design de experiências digitais situada na Califórnia. 

A empresa aprofundou sua aposta na área ao contratar Bob Wollheim, um nome muito conhecido no mercado de comunicação e empreendedorismo digital no país, como novo Chief Strategy Officer (CSO).

O braço Accenture Interactive incorporou a agência digital New Content, que tinha 430 funcionário à época do negócio, em outubro de 2018.

A Stefanini é uma empresa muito maior e com uma cultura muito mais identificada com o mercado corporativo.

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