
Ruas desertas no Rio de Janeiro. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Pequenas e médias empresas de tecnologia do Rio de Janeiro aderiram avassaladoramente ao home office como uma maneira de evitar o contágio dos funcionários pelo coronavírus.
Uma sondagem feita pelo sindicato patronal TI Rio com 120 empresas mostra que nada menos que 119 optaram pela prática. A única exceção optou por dar férias coletivas.
Outros recursos adotados foram o banco de horas por 15%; horários alternados por 10% e medidas como demissão, antecipação de férias, redução de jornada e salários, entre outras, por 26%.
Da amostra pesquisada pelo TI Rio entre os dias 25 e 28 de março, 57% têm entre onze e 99 empregados; 29,5% até dez e apenas 9%, mais de 200. A maioria (57%), são desenvolvedores de sistemas.
A principal dificuldade encontrada por 36% foi em relação à disponibilidade de Internet nas residências dos funcionários. Seguida pela questão do controle de jornada (28%) e o contato com os clientes (26%).
No caso da relação com os clientes foi constatado um mix de meios como formas de contato. O e-mail é o recurso adotado por 88,5%; 84% o telefone; 67% o WhatsApp; 64% vídeo ou teleconferência e 8% outros meios, como Hangout, Google Drive, VPN, Cloud da Amazon e Zoom.
Ba segunda quinzena de abril a entidade fará nova sondagem.
“Nessa primeira tivemos um retrato do impacto das medidas adotadas. Na próxima já conseguiremos aferir resultados mais aprofundados. Muito provavelmente questões relacionadas às finanças, como pagamentos, recebimentos, rotatividade de clientes, devem surgir com força”, afirma o presidente do TI Rio, Benito Paret.