EDUCAÇÃO

SuperGeeks quer crianças programando 2j545u

Rede de escolas de programação iniciará no próximo ano no Brasil em cinco cidades. O objetivo é ensinar jovens a programar.
15 de abril de 2013 - 17:46
Marco Giroto está no Vale do Silício para iniciar o projeto. Foto: arquivo pessoal

Marco Giroto está no Vale do Silício para iniciar o projeto. Foto: arquivo pessoal

Ensinar programação para crianças a partir dos cinco anos é o plano de um grupo de brasileiros. O SuperGeeks pretende iniciar uma rede de escolas para que, desde cedo, os jovens entendam os princípios da linguagem.

Marco Giroto, Vanessa Ban, Beto Oliveira, Marzon Castilho e Fernando Almeida são os sócios, todos oriundos da área de TI, que idealizaram o projeto.

Visitando o Vale do Silício para abrir uma startup de editora de e-books, os fundadores tiveram um novo insight: viram que uma constante nos Estados Unidos era a defasagem de programadores, já que os indianos e chineses invadem a região. E logo perceberam que no Brasil o déficit de mão de obra nesta área é ainda maior.

“Resolvemos pesquisar e criar uma metodologia de ensino para trazer ao Brasil e criar uma rede de escolas, iniciando com cinco unidades próprias, que servirão de base”, explica Marco Giroto, que tem formação em Ciências da Computação e já empreende há dez anos.

O objetivo da novidade, que deve estrear inicialmente com conteúdos online no segundo semestre, é ensinar desde a programação convencional ao desenvolvimento de jogos, interação com robótica e inteligência artificial. Os primeiros módulos partem do zero e podem ser aprendidos por crianças a partir dos cinco anos.

“Visitamos diversas escolas aqui nos Estados Unidos, onde já ensinam programação para crianças, e definimos um modelo que consideremos inédito”, diz Giroto, que permanece no Vale do Silício junto com toda a equipe de sócios, que está criando sozinha o site e o material ditádico.

Para entrar no mercado de educação no país, o fundador conta que conversou com o coordenador da Faculdade de Computação e Informática do Mackenzie, que utiliza no ensino de programação o software de código aberto Alice, desenvolvida pelo grupo de pesquisas da universidade americana Carnegie Mellon.

“Os Estados Unidos têm uma média de uma em cada nove escolas que ensina essa disciplina. As crianças aprendem com o Alice. No Brasil, nossas universidades estão utilizando esse software. Mesmo com essa disparidade ele foi muito recomendado para o início do nosso projeto”, afirma.

Além do e-learning a ser lançado daqui a 142 dias, a rede trabalhará com o sistema de franquias e para isso terá até o início de 2014 as escolas base que servirão de modelo. Os sócios vão dar o start em suas cidades de origem: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Curitiba.

Por enquanto na fase de pesquisa, criação do site e viagens, Giroto não consegue estimar o valor que já tirou do bolso para colocar em prática a ideia. Mas quando fundar as unidades físicas projeta que cada um precisará investir R$ 100 mil. Os preços dos cursos ainda não estão definidos.

Futuramente, outra ideia é que escolas de todo o país também possam se cadastrar para ter uma equipe interna da SuperGeeks. “Por intermédio do governo, temos muita burocracia, então esta é uma forma que encontramos de entrar nas escolas tradicionais”, revela.

A rede também está cadastrando programadores para ministrarem treinamentos com a nova metodologia, que será totalmente gameificada com HQs, vídeos, softwares próprios. Giroto também diz que há um grande volume de interessados pelos cursos, inclusive um público de adultos.

Na filosofia do SuperGeeks aprender programar não quer dizer seguir carreira de programador. “Sabemos que existe uma série enorme de benefícios para o desenvolvimento de um jovem ao aprender programação, como o pensamento lógico, crítico, o trabalho em grupo”, enumera o executivo.

A campanha do Code.org foi o que inspirou os sócios. Lançada com um vídeo cheio depoimentos de bilionários como Bill Gates e Mark Zuckerberg, o projeto americano pretende reforçar a importância das crianças aprenderem a desenvolver sistemas.

Uma pesquisa da fundação afirma que nos Estados Unidos, dentro de dez anos, haverá mais de 1 milhão e 400 mil vagas de emprego para programadores e apenas 400 mil profissionais qualificados. O profissional de ciência da computação é o segundo mais bem pago do mercado

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