Startups: à espera do capital 3n286z

Jovem, com idade entre 18 e 29 anos, fã de tecnologia e sedento por ampliar seu networking. O perfil do campuseiro não se encaixa só no esquadro estatístico da Campus Party. É também o retrato do empreendedor da área de TI e correlatas. A diferença é que na Campus tudo é festa. Já no mundo das startups... “O cara tem que levar a sério!”, dá o recado Adalberto Brandão, COO do Venture Capital Gvcepe. 174m54

10 de fevereiro de 2012 - 17:36

Jovem, com idade entre 18 e 29 anos, fã de tecnologia e sedento por ampliar seu networking.

O perfil do campuseiro não se encaixa só no esquadro estatístico da Campus Party. É também o retrato do empreendedor da área de TI e correlatas. A diferença é que na Campus tudo é festa. Já no mundo das startups...

“O cara tem que levar a sério!”, dá o recado Adalberto Brandão, COO do Venture Capital Gvcepe.

Assim, de  bermuda, chinelo de dedo e prognósticos de negócio no iPad, vários jovens tentam atrair a atenção dos angels e aventureiros que circulam pelo salão de exposições do Anhembi.

VC ou Angel. Tudo menos banco
No Brasil, esse é considerado o melhor caminho para as startups, indica o jornalista especializado na área Diego Remus.

“O banco não vai assumir um negócio com uma vírgula de risco sem querer levar o seu apartamento, seu carro, ou qualquer outro ativo que você provavelmente não tem”, afirma ele.

Dos três bancos que patrocinam o evento, apenas um tem um estande na arena e, no espaço, só dá para degustar os produtos do banco em plataformas móveis ou pegar brindes.

Quais as linhas de crédito para novos empreendedores?

“Não sei, senhor. Tem que se dirigir à uma agência”, responde a atendente.

A agência mais próxima do evento fica a quatro quilômetros, cerca de 51 minutos a pé.

Por isso, o jeito é pernear nos 64 quilômetros quadrados do Anhembi Parque.

Case em construção
É o caso de Bruno Barazzutti, 25 anos, de Florianópolis, que só na Campus Party conversou com 10 investidores.

Há três meses, Bruno e mais oito pessoas estão trabalhando no protótipo do Spleeps.

O produto é uma rede social voltada para a prática esportiva. No site, os cadastrados encontram parceiros de competição, locais como quadras de tênis ou futebol e organizam as partidas. Além de esportes tradicionais, xadrez e até videogame poderão entrar.

“Imagina que você quer encontrar alguém pra jogar tênis que tenha o mesmo nível que você, na sua cidade e com o mesmo horário disponível. No Spleeps isso será possível”, resume Barazzutti.

Há um ano, Barazutti, que estuda istração, analisa o mercado com seus sócios.

A pesquisa envolveu descobrir quem é a concorrência, os esportes mais propícios para a plataforma e, é claro, buscar investidores. Barazutti disse que já conversou com mais de 20 pessoas.

“O bom é que a maioria deles pratica esportes. Então fica fácil de eles se identificarem conosco e entender qual é a moral do produto”, diz o empresário.

Retorno positivo
Carlos Eduardo Guillaume, da venture capital Confrapar – que tem nove empresas no portfólio, entre elas as de internet Via6 e Cromoup – elogia a atitude do jovem empreendedor.

Segundo ele, Barazzutti já conseguiu uma grande coisa: enxergar além da ideia.

“Ele conversa com muitos investidores e ouve o retorno deles. Isso é muito bom. Se mais empreendedores fossem assim, teríamos mais startups de sucesso no Brasil”, elogia Guillaume.

A Confrapar não chegou a fechar negócio, mas o Spleeps já recebeu uma proposta de investimento de um fundo de Florianópolis que Baruzzatti prefere não revelar.

Segundo o empresário, eles até já poderiam ter fechado o negócio, mas preferiram esperar.

“A gente viu que poderia chegar ao protótipo sem a ajuda de fora, por isso deixamos a negociação em stand by. Depois, para ter escala, sim, precisaremos de investimento”, conta.

O Spleeps deve chegar ao mercado no início do segundo semestre. A meta é, até o final do ano, ter 200 mil usuários, algo que, sem investimento, “não rola”, como diz Barazzutti, que também descarta a ideia de incubar a empresa, apesar de ter a opção em Floripa.

“Se incubadora fosse bom, médico não botava bebê doente nela” , brinca o jovem empreendedor, nascido em Rio Grande, no Sul do Rio Grande do Sul, mas morador há 20 anos de Santa Catarina.

Não foi revelada uma meta de faturamento para a empresa.

Há dois dias do fim do evento, Baruzzatti sai, pelo menos, com um norte mais definido.

“Todo mundo me dá alguma sugestão e aponta uma direção, mas o caminho é a gente que vai ter que definir”, finaliza.

*Guilherme Neves cobre a Campus Party a convite da organização do evento.

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