
Wagner Luiz Moita. Foto: divulgação/Autodesk.
A Autodesk contratou dois executivos com histórico de atuação na área de hardware para atuar na sua operação brasileira: José Carlos Yazbek para a gerência de canais e Wagner Luiz Moita para a gerência nacional de vendas.
Em nota, a multinacional afirma que os executivos serão responsáveis pela implantação de um processo de reestruturação incluindo um novo modelo comercial e a diversificação de parceiros de distribuição.
Yazbek foi até dezembro gerente geral no Brasil da FortYz Technologies, representante no Brasil de marcas como Panasonic e Olivetti.
Antes, exerceu o mesmo cargo na LG. O executivo chegou a ser country manager da AMD no país e tem agem por cargos de direção na Lexmark.
Moita vem da ADN Tecnologia, onde era gerente comercial da divisão de serviços remotos de infra de TI.
O profissional também foi diretor de serviços da D-Link. Moita começou a carreira na Edisa nos anos 80 e saiu da HP como gerente de vendas, marketing e e ao consumidor em 2003.
Moita está estruturando o seu time, uma vez que a empresa tem como foco o investimento na força de vendas. Sob sua coordenação estão as equipes de vendas regionais.
“O objetivo para este ano é que cada um dos gerentes de vendas tenha um grupo de contas estratégicas, e que deverão desenvolver projetos de alto valor aos clientes, principalmente nas ofertas de soluções na nuvem”, afirma Moita
A perspectiva para este ano fiscal é de 30% de crescimento no volume de vendas.
As novas contratações fazem parte de uma sacudida geral na operação brasileira da Autodesk em curso desde o começo de 2013, na qual foram trocados todos os executivos-chave, incluindo o country manager.
O comercial da empresa deixou de ser baseada em estratégias únicas em todo o país para as diferentes verticais na qual a empresa atua - arquitetura e construção, manufatura, desenho industrial, animação gráfica, e, cada vez mais, apps voltados para usuários finais – para um conceito regionalizado.
Assim, foram criadas diretorias comerciais focando nos mercados do Sudeste, Norte, Nordeste e Sul, com outras separadas para as capitais de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, de olho nas compras públicas.
Outra mudança importante é a entrada de novos distribuidores da marca no país. Até pouco tempo atrás, a Autodesk era distribuída exclusivamente pela PARS.
Não há um comentário aberto da Autodesk sobre o tema, mas o fato é que a turbulência na operação latino americana que resultou na atual reformulação começou após a PARS ser comprada pela chilena Sonda em um negócio de R$ 94,7 milhões.
Depois da aquisição do maior parceiro na América Latina, caíram o country manager Acir Marteletto e o VP para América Latina, Martin Moreno, ambos executivos com uma década de casa.
Embora a PARS ainda mantenha uma parte importante da distribuição do portfólio Autodesk, a empresa cadastrou no meio tempo a Officer, outra grande distribuidora brasileira, para oferecer a linha de entrada AutoCAD LT.
De acordo com divulgação feita pela Officer, a meta é que as vendas representem 15% do faturamento da Autodesk no Brasil.
A multinacional não revela vendas por países, mas a receita no último ano fiscal no nundo foi de US$ 2,3 bilhões, o que, estimando uma participação brasileira de 3% representaria vendas de US$ 69 mihões.