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Maurício Voltolin.
A Sadig fechou um acordo para revender soluções de BI QlikView com a Inteligência de Negócios (IN), um dos três distribuidores da multinacional sueca QlikTech no país.
A partir de agora a empresa gaúcha, dona de um sistema próprio de business intelligence com mais de 600 clientes no país e 20 anos no mercado, ará a fazer projetos variando desde implementações puras de QlikView até implantações mistas incluindo tecnologia da antiga concorrente.
Com o acordo, a estratégia da Sadig será focar o seu produto próprio no mercado de empresas pequenas e médias, com implementações para menos de 10 usuários [80% da carteira da empresa tem esse perfil], e usar a QlikView para abrir portas em organizações maiores.
“Viabilizaremos o atendimento às demandas de projetos de BI de quaisquer naturezas, tanto em nossa base de clientes quanto em novas oportunidades de mercado”, afirma o diretor da Sadig, Maurício Voltolin.
Segundo Voltolin, apesar do Sadig ser um produto competitivo em custos e funcionalidades, muitas vezes a empresa encontrou dificuldades para expandir projetos através de departamentos de empresas ou fora do país, quando precisou competir com players internacionais.
Nos últimos meses, por exemplo, o Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul fez uma licitação exclusiva para QlikView, resultando num contrato de R$ 3,1 milhões.
O edital gaúcho acontece meses após o Tribunal de Contas da União adquirir o QlikView, também da Toccato, em uma licitação de R$ 20 milhões, no qual a ferramenta venceu concorrentes tradicionais no segmento.
A ferramenta tem ganho espaço no setor privado também, fechando clientes de como o Grupo Scalina, detentor das marcas Trifil e Scala e a Vonpar, fabricante da Coca Cola no Rio Grande do Sul.
Pode ter ajudado no fechamento do acordo o fato que Hermes Freitas, atual diretor da Filial Sul da Inteligência de Negócios, ter sido um dos fundadores da Sadig há mais de 20 anos. Freitas deixou a empresa em 2007 para assumir um cargo na Ivirtua.
Dona de um BI em memória, com interface amigável e proposta de rápida implantação, a QlikView tem feito estrago no mercado, onde tem conseguido vencer concorrência com empresas consagradas numa abordagem mais tradicional como MicroStrategy, Cognos ou Business Objects.
A QlikTech faturou US$ 470,5 milhões em 2013, uma alta de 13% frente ao ano anterior.A MicroStrategy, o último player independente da velha guarda, depois das aquisições da Cognos e BO, faturou US$ 576 milhões, um resultado estagnado desde 2011.
Não se sabe o tamanho da QlikTech no Brasil, onde a empresa é basicamente comandada por três grandes distribuidoras, um acerto atípico para esse porte de operação. Além da IN, dividem o mercado a Nórdica e a Toccato.
Só a IN, com filiais em Porto Alegre, Recife, Salvador e Brasília, diz ter uma base de 400 clientes. A Nórdica Softwares informa ter outros 350 clientes. A Toccato tem um porte similar, mas a reportagem do Baguete não encontrou dados sobre o número de clientes.