
Guilherme Cozza, sócio-fundador do RoofTOP. Foto: Divulgação.
Uma startup brasileira acredita que pode bater gigantes como Facebook e Instagram em um quesito particular: a interação de pessoas famosas com seus fãs.
Há três meses no ar, o RoofTOP permite que pessoas acompanhem os chamados “ídolos”, a partir de curtidas e comentários em postagens.
No entanto, os pontos fortes da ferramenta, na visão dos criadores, estão mais no que os usuários não podem fazer. A plataforma não permite a postagem de conteúdo por quem não seja famoso. Os publicadores de fotos são chamados por convite.
“As outras redes ficaram muito poluídas para os famosos, com milhares de comentários que não são interessantes para eles, como a moda do ‘sigo de volta’ e ‘troco likes’. No RoofTOP, as pessoas não tem porque ganhar seguidores ou likes, então os comentários são mais relevantes para o artista”, explica Guilherme Cozza, sócio-fundador do app.
Entre os 40 famosos que aderiram ao app estão o cantor Thiaguinho, o ator Arthur Aguiar, a jornalista Fernanda Gentil e os jogadores de futebol Neymar, Robinho, Kaká e Alexandre Pato.
Por enquanto, muitas das postagens dos artistas são apenas copiadas do Instagram e colocadas também no RoofTOP.
“Depois que eles perceberem como a repercursão no RoofTOP é mais próxima e relevante que em outras redes, por serem os fãs de verdade comentando, acredito que mais e mais postagens se tornarão exclusivas no app”, diz Cozza.
Em um ano, Cozza espera contar com 1 milhão de usuários no app. O empresário não abre o número atual de participantes.
A ideia dos criadores é que os fãs tenham o às informações de seus ídolos em primeira mão. Para isso, ao registrar determinados ídolos como “favoritos”, o fã será notificado na hora em que eles postarem ou comentarem algo na ferramenta.
“Quando os fãs entenderem que a proximidade com os ídolos no RoofTOP será muito maior, em comparação com outras redes, a tendência é focarem no nosso app com esse foco. Quando quiserem ver seus amigos, os usuários procurarão as demais redes sociais”, comenta Cozza.
No futuro, o app pretende incluir publicidade para gerar renda. A ferramenta já recebeu dois aportes, de valores não revelados. O primeiro foi feito no início de 2014, para o desenvolvimento, e o segundo focado no lançamento, em 2015.
Cozza é formado em istração e também é co-fundador da Controly, assessoria financeira que une um aplicativo com uma conta e cartão. Entre 2010 e 2014, foi diretor de marketing e planejamento e da BSB Marketing Esportivo, que organizou o X Games Foz do Iguaçu 2013.