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Immersion 3D em ação. Foto: divulgação.
A startup blumenauense ImersioVR está preparando para o mercado de construção civil e imóveis uma solução para possibilitar visitas virtuais em primeira pessoa a ambientes projetados em 3D.
A solução, desenvolvida há cerca de um anos pelos sócios Maicon Klug, Lucas Skroch e Leandro da Silva, usa tecnologias como o óculos de imersão 3D Oculus Rift para possibilitar estes "eios".
O plano da empresa com a novidade, resultado de um investimento de cerca de R$ 100 mil desde o início do projeto é atender construtoras, arquitetos e imobiliárias em suas experiências de vendas, substituindo outros meios como planta baixa ou maquetes.
Ainda em fase de finalização, a startup, uma das incubadas no Instituto Gene, em Blumenau, pretende instalar a solução nas primeiras empresas até o final do ano, com lançamento comercial previsto para o começo de 2015.
"Mesmo o uso de recursos 3D já é presente neste meio, mas nossa solução leva este conceito mais adiante, usando recursos de imersão total para que o comprador tenha experiência de visitar o local, não apenas ver a representação 3D em uma tela de computador", afirma Klug.
Skroch e Silva tem formação em Sistemas da Informação, com agens em diversas empresas de tecnologia de Blumenau. Já Klug, formado em Ciências da Computação, tem um histórico na cena de startups da região. Ele foi um dos sócios-fundadores da G2KA, desenvolvedora de soluções fiscais comprada no ano ado pela NeoGrid.
O software importa os arquivos de softwares de design 3D, tais como 3D Studio Max e o traduz em um ambiente navegável. O funcionamento da aplicação se assemelha a um jogo em primeira pessoa.
"O usuário pode decidir se quer ver como é a cozinha, a distância a percorrer até o quarto, esse tipo de coisa. É possível ter uma noção da profundidade e tamanho do local", afirma o empresário.
Segundo Klug, o interesse de imobiliárias e construtoras em novas soluções para vender seus produtos representa um grande potencial para a solução. Em 2013, o mercado imobiliário cresceu 13% e acumulou um Valor Geral de Vendas de R$ 90 bilhões, segundo o InfoMoney.
Quanto à parte dos custos, Klug acredita que aparelhos de imersão 3D como o Oculus Rift, comprado recentemente pelo Facebook, não vão demorar a emplacar no mercado.
O empresário avalia que a partir de 2015 a tecnologia, que tem preços na base de US$ 350 no exterior (no Brasil, esse preço sobe para a casa dos R$ 1,8 mil), será mais ível.
"Terá uma adoção semelhante à do Kinect. Começa como um recurso mais para jogos e adeptos de tecnologia, mas aos poucos terá seu uso intensificado em outras áreas, como a nossa", destaca o sócio.
A ideia da companhia é vender a solução via web. De acordo com Klug, o plano é afinar o software para torná-lo o mais fácil e intuitivo possível, para que empresas e clientes menores possam baixar o produto e sair usando.
"Nosso propósito é focar recursos no desenvolvimento de uma solução bem acabada, evitando possíveis gastos com e e problemas técnicos depois", afirma.
Com a tecnologia, os sócios pretendem reduzir os custos das construtoras, incorporadoras e imobiliárias. A venda será feita por licenças anuais, com distribuição via web.
“Além dos custos com materiais impressos, muitas vezes são utilizam espaços físicos para montagem de ambientes decorados, simulando o empreendimento”, destaca Leandro.
Para clientes maiores, a ImmersioVR pretende trabalhar mais de perto, com seus sócios desenvolvendo projetos especiais e soluções mais personalizadas, de acordo com a necessidade.
"Traçamos este plano inicialmente para a empresa, mas de acordo com a demanda e o crescimento da base de adeptos da solução, expandiremos a operação. Temos inclusive, planos de internacionalização a partir de 2018", afirma Klug, sem dar maiores detalhes.