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Os jogos devem acontecer em julho de 2021, durante o verão do hemisfério norte. Foto: divulgação.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) e o governo japonês anunciaram que vão adiar para 2021 as olimpíadas de Tóquio, que aconteceriam em julho deste ano, por conta da pandemia de Covid-19.
Segundo o jornal The Guardian, o cancelamento dos jogos estava fora de questão e o adiamento foi visto pelos organizadores como a resposta mais apropriada à interrupção global.
Os jogos devem acontecer em julho de 2021, durante o verão do hemisfério norte.
"Concordamos que um adiamento seria a melhor maneira de garantir que os atletas estejam em ótimas condições e garantir a segurança dos espectadores", afirmou Shinzo Abe, primeiro-ministro do Japão, ao The Guardian.
Os jogos olímpicos e paralímpicos continuarão sendo chamados de Tóquio 2020 e a chama olímpica permanecerá no Japão.
Ainda de acordo com a publicação, o COI, o comitê organizador de Tóquio e o governo japonês insistiam em que não havia planos para adiar as Olimpíadas até poucos dias atrás, já que faltavam quatro meses para a abertura.
Nesta semana, o Canadá e a Austrália disseram que não enviariam atletas ao Japão em julho, enquanto os governos britânico e francês cobraram uma decisão rápida do COI.
O comitê olímpico e paralímpico dos Estados Unidos seguiu o exemplo, citando a interrupção que a pandemia causou ao treinamento e ao processo de qualificação.
Os comitês olímpicos do Brasil, Eslovênia e Alemanha aderiram ao coro crescente que pedia uma nova data para o evento.
Para o The Guardian, o adiamento é um golpe para o país anfitrião, que gastou mais de US$ 12 bilhões no evento, além das enormes quantias que estão em jogo para patrocinadores e emissoras.
O Goldman Sachs, grupo financeiro americano, estimou este mês que o Japão perderia US$ 4,5 bilhões em consumo interno e de entrada em 2020.
Os jogos olímpicos nunca foram adiados dessa maneira, mas foram cancelados em 1916, 1940 e 1944, durante a primeira e a segunda guerra mundial.