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O Grêmio possui a maior massa de torcedores da região sul do Brasil, com 3% dos torcedores do país. Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA
O Grêmio acaba de lançar um programa de inovação aberta em parceria com o Instituto Caldeira, hub de inovação de Porto Alegre.
Batizado de Grêmio I9, a iniciativa busca atrair startups com soluções interessantes para o clube de futebol gaúcho.
As áreas de interesse incluem a operação interna do Grêmio, a experiência do torcedor, além da utilização de ciência de dados na área da saúde, como prevenção, performance e identificação de talentos desportivos.
Segundo o clube, as startups que tiverem maior aderência serão aceleradas, desenvolvidas e investidas, conforme o potencial de retorno esperado.
Para Márcio Ramos, CEO do Grêmio, o objetivo do Grêmio l9 é que o torcedor tenha interações com o Clube por meio de soluções mais inovadoras.
"O Grêmio tem que ser desejado, fácil e ível aos nossos mais de 100 mil sócios e mais de 10 milhões de torcedores espalhados mundo afora", explica Ramos.
Com sede no Instituto Caldeira, o programa será conduzido pela equipe de marketing do clube, que terá apoio da Biz Mindset, uma assessoria gaúcha especializada na aceleração e desenvolvimento de negócios.
No dia 29 de maio, foram realizadas rodadas de matchmaking com mais de 25 empresas. Neste mês, será feito o pitch day para selecionar as primeiras startups.
Conforme Henrique Guterres, diretor de marketing do Grêmio, o clube não irá realizar aportes neste momento, mas sim apoiar as startups no desenvolvimento de projetos e na visibilidade de negócios.
“Nossa visão é colocar o Grêmio não apenas como uma plataforma de relacionamento com o torcedor, mas também com o mercado, criando possibilidades de negócio diversificadas”, diz Guterres ao site Startups.
Fundado em 1903, o Grêmio é um dos maiores clubes de futebol do Brasil.
Atualmente, está em quarto lugar na série A do Brasileirão e possui a maior massa de torcedores da região sul do Brasil, com 3% dos torcedores do país, conforme uma pesquisa divulgada pela CNN Esportes.
Localizado em uma área de 22 mil metros quadrados, o Instituto Caldeira é formado por 42 companhias, que incluem a nata empresarial gaúcha, representada por nomes como Jorge Gerdau Johannpeter, famílias Renner, Ling, Goldstein e Herrmann.
Empresas como Meta, Grupo IESA e Neugebauer já estão rodando programas de aproximação com startups nos moldes do Grêmio a partir do Caldeira.
Já a Biz Mindset foi fundada em 2019, tem sede em Porto Alegre, e já assessorou empresas como Hospital Mãe de Deus, Unimed, Hospitalize, Panvel e Centerlux.
HISTÓRICO DE PIONEIRISMO
Vale lembrar que o Grêmio tem um certo histórico de pioneirismo no assunto tecnologia. O clube fechou um contrato de implementação do então recém lançado ERP S/4 Hana da SAP em 2015, no que na época era uma movimentação pouco comum.
Nos anos seguintes, projetos com diferentes softwares de gestão se tornaram mais frequentes, com algumas poucas implementações do S/4 (incluindo uma no Flamengo) e algumas dezenas de Totvs, Sankhya e do B1, o software de pequenas e médias da SAP.
Alguns clubes inclusive deram os mais ousados, incluindo aí o Palmeiras, que decidiu abrigar startups afins dentro do seu estádio.