
Facebook apresenta o Wedge. Foto: divulgação
O Facebook anunciou esta semana um novo produto, o Wedge, sua investida para entrar no mercado de switches Ethernet e se apresentar como mais uma concorrente no caminho da gigante Cisco.
Segundo destaca o Business Insider, o Wedge é parte do Open Compute Project (O), iniciativa criada pela rede social em 2012 para investir em hardware. Pelo projeto, a empresa cria e "abre" designs de componentes para cocriação e fabricação, um ideia que se reverte em economia para a empresa de Mark Zuckerberg.
Em 2013, segundo dados divulgados pelo Facebook, a empresa economizou cerca de US$ 1 bilhão com os projetos de hardware feitos pelo O. Com o Wedge, agora a empresa mira os US$ 23 bilhões movimentados pelo mercado Ethernet.
Além da iniciativa de hardware, o Faebook também está pensando em dispositivos prontos para redes definidas via software (SDN), a nova vedete no mercado de redes e uma possível pedra no sapato da Cisco.
As novidades já estão em testes nos data centers do Facebook, um ambiente de alta exigência tecnológica. Segundo analistas, o sucesso do Wedge pode ser altamente preocupante para a Cisco.
Recentemente, a gigante de redes anunciou produtos no segmento de SDN para não ficar de fora na briga por este novo mercado. Inclusive, esta semana a empresa desembolsou US$ 175 milhões pela Tail-f Systems, fabricante sueca de sistemas de gestão de redes (NFV).
No entanto, a abordagem diferenciada do O representa um perigo bem mais amplo para a Cisco, do que uma simples guerra de ofertas e produtos.
Diferentemente do modelo proprietário da Cisco, empresas podem ser atraídas por uma abordagem agnóstica para suas redes, em que os CIOs podem escolher seus processadores preferidos e ter maior controle dos seus componentes, pelo fato de serem "open source".
Além disso, ao contar com designs abertos, empresas podem usar os projetos do O para encomendar componentes com fabricantes terceirizados, modelando os produtos de acordo com suas necessidades.
Segundo fontes de mercado, o O tem o apoio de grandes como Microsoft, Intel, Goldman Sachs, Rackspace e outros, além do próprio Facebook.