FIBRA ÓPTICA

Enchente teve provedora com equipamentos no telhado 481b5l

Com sede alagada, RS Sul Net precisou improvisar central por 16 dias para atender 4 mil clientes. 2rj5d

17 de junho de 2024 - 16:04
Foto: LinkedIn

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A RS Sul Net, provedora de fibra óptica de Eldorado do Sul, se viu em um dilema durante as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul: interromper os serviços da região ou tomar uma atitude drástica para dar continuidade às operações.

Maicon Nascimento, sócio da companhia, precisou pensar rápido e optou pela segunda opção a fim de manter em funcionamento sua rota de 6GB que vai até o interior do estado.

Após erguer os equipamentos de sua central para que não fossem prejudicados pela água, o profissional percebeu que isso não seria o suficiente para evitar o impacto. Decidiu, então, desligar todas as máquinas e transferi-las para o telhado.

“A gente ficou cuidando, monitorando. Quando a água chegou na frente da empresa e invadiu, fomos erguendo os equipamentos. Até que pensamos: ou recolhemos tudo, ou tentamos de outra forma. Hoje, temos 4 mil clientes em Eldorado do Sul e 3,5 mil em outras cidades. Se desligássemos a central, nossos clientes ficariam muito vulneráveis, porque iriam depender de só um link de proteção ao invés de várias rotas”, relembra Nascimento.

Para que o processo desse certo, o empresário contou com o auxílio de Carlos Pacheco, irmão de seu sócio, que levou materiais como madeira e andaimes para salvar a operação. Como a água já estava alta, foi preciso ar a região de barco.

Com os equipamentos já no telhado, Nascimento ficou responsável pelo monitoramento da central improvisada com mais dois funcionários.

“Chegou meia noite e a água bateu tão alto que a gente já começou a ficar apreensivo. Achamos que chegaria no ponto em que teria correnteza. Nesse momento, optamos por recolher os equipamentos e tentamos cruzar para o lado de Guaíba em um Uno da empresa”, conta Nascimento.

Quando foram ar para a cidade vizinha, a água estava tão forte por cima da BR-116 que foi possível atravessar de carro, mas não voltar. 

“No outro dia, de manhã, conseguimos ajuda do Exército e voltamos de barco com todos os equipamentos. Nesse momento, voltamos para o telhado e não desligamos mais a central.  Ficamos com um gerador durante 16 dias da enchente”, relata Nascimento.

A fim de garantir o funcionamento das operações, o monitoramento era feito de forma revezada. Nesse processo, um dos funcionários ia de barco até Guaíba e trazia comida, ou Nascimento ia de barco até o município vizinho tomar banho. 

Mesmo assim, eles avam a maior parte do tempo na companhia, onde inclusive dormiam para evitar saqueamentos.

“A cidade virou um rio. Na empresa, a altura da água era tanta que não dava pé. Uns dois metros e meio de água. Se alguém caísse na água e não soubesse nadar, morreria afogado. Hoje, olhando, parece um negócio impossível. Não tem como acreditar, mesmo tendo vivenciado tudo”, descreve Nascimento.

Apesar das dificuldades, a companhia conseguiu proteger suas operações, mantendo todo seu sistema funcional e os seus clientes, conectados.

“Tiveram clientes que tinham um segundo piso e ficaram em casa. Eles tinham algum nobreak ou gerador e conseguiram ar a internet. Nós conseguimos ganhar clientes, porque nossos concorrentes não tinham mão de obra para oferecer seus serviços. As empresas grandes não tiveram braço para se recuperar rápido e a gente já estava ali. Digamos que valeu a pena segurar tudo funcionando”, avalia Nascimento.

Segundo o executivo, a companhia ou a fazer 20 novas ativações diárias, também recuperando cerca de 60 clientes que trocaram de equipamento antes das enchentes.

Agora, o próximo desafio será reconstruir a sede de Eldorado do Sul, que ficou completamente destruída, enquanto a central continua segura no telhado da empresa.

“A gente tinha móveis planejados, ficaram todos destruídos. Estamos desmontando tudo para reconstruir o segundo piso com um contêiner. Vamos fazer uma nova estrutura com gerador automatizado e um sistema elétrico independente. Se houver outra enchente, não vai chegar até os equipamentos. Isso, no mínimo, vai levar dois meses. Nosso atendimento segue remoto, pois também perdemos notebooks, mesas de atendimento e toda a parte de call center”, conta Nascimento.

Fundada em 2016, a RS Sul Net atende pessoas físicas e jurídicas, além de estar presente em áreas rurais do Rio Grande do Sul. A companhia possui 600 quilômetros de fibra óptica instalados e centrais em Camaquã, Cerro Grande do Sul, Barra do Ribeiro e Porto Alegre.

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