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Corrida para os escritórios 1f4w31

Google e Salesforce têm métodos diferentes, mas um objetivo só: trabalho presencial. 6qd4o

09 de junho de 2023 - 05:58
Bem vindo de volta. Foto: Depositphotos.

Bem vindo de volta. Foto: Depositphotos.

As gigantes de tecnologia parecem estar de acordo: é hora de acabar com o home office liberado e voltar ao modo tradicional de trabalhar, com funcionários indo para escritórios físicos.

Nesta semana, Google e Salesforce adotaram medidas que mostram as diferentes formas de fazer isso: como na história do burro, as empresas alternam chicote e cenoura.

O Google anunciou que vai começar a controlar a regra implementada no ano ado pela qual os funcionários devem trabalhar nos escritórios três vezes por semana, incluindo o cumprimento da diretriz nas avaliações de desempenho.

Segundo revela o The Wall Street Journal, o controle será feito pelo dos crachás, feito em intervalos durante o dia. Gerentes foram orientados a reforçar o comparecimento procurando funcionários que seguem trabalhando em casa.

Em uma época de demissões em massa nas empresas do setor de tecnologia (só no Google foram anunciadas 12 mil demissões), o recado fica bastante claro. 

A Salesforce tem o mesmo objetivo, mas outro approach: a gigante está oferecendo uma doação de US$ 10 para organizações de caridade para cada dia que os funcionários venham trabalhar no escritório no mês de junho.

A campanha, batizada de “Connect for Good”, foi lançada em uma mensagem em um canal interno no Slack revelado pelo site da Fortune. As doações podem chegar a US$ 2,5 milhões. 

A Salesforce também pegou mais leve no nível de controle. Os pagamentos serão determinados por dados agregados, sem individualização. Na mensagem, a gigante afirma que não vai olhar individualmente quem foi ao escritório ou quanto tempo ele ficou lá. 

A movimentação de volta ao escritório parece ser geral entre as grandes empresas de tecnologia (Amazon, Meta e Dell também querem uma semana de três dias no escritório no mínimo) e está sendo feita de maneira discreta, sem anúncios públicos para a imprensa.

É uma postura bem diferente da adotada durante a pandemia do coronavírus, quando as mesmas empresas faziam campanhas ativas em prol do home office, e de uma maneira de trabalhar diferente - o famoso “novo normal”.

No começo de 2021, a Salesforce disse aos funcionários que a rotina de trabalho de “9h às 17h” estava “morta”, e um ano depois o CEO, Marc Benioff, cravou que obrigar a volta aos escritórios “nunca iria funcionar”.

Com o fim da pandemia, a política adotada na Salesforce era de trabalho remoto permanente para quem quisesse, ou um regime com idas ao escritório de uma a três vezes por semana.

As coisas começaram a mudar no final de 2022, quando Benioff expressou dúvidas internamente sobre o efeito do home office sobre as vendas da empresa e a produtividade de milhares de novos funcionários contratados na pandemia.

No Google, a história não é muito diferente. Em março, o CEO do Google, Sundar Pichai, disse que os escritórios da empresa eram uma “cidade fantasma”,  o que não era “uma boa experiência”.

No caso do Google, o retorno para os escritórios dos funcionários deve ser acompanhado pela surpresa de encontrar uma empresa muito diferente do que a existente antes da pandemia.

Famosa pelos benefícios oferecidos para os funcionários, incluindo massagens, academia de ginástica e buffets de comida grátis, o Google está apertando o cinto nos últimos meses.  

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